A Secretaria Estadual da Saúde (SES) deverá fazer o pagamento direto aos trabalhadores de empresa terceirizada que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo o secretário adjunto, Francisco Bernd, em entrevista à Rádio Guaíba, foi obtida autorização da Procuradoria-Geral do Estado para fazer essa negociação. A medida tem como finalidade fazer com o que o serviço telefônico seja normalizado o mais rápido possível.
Com salários atrasados, os telefonistas da empresa terceirizada iniciaram paralisação no início da noite de ontem. Segundo o secretário adjunto, no primeiro momento a situação foi mais grave, e que, a partir das 23h de segunda-feira, começou a funcionar, mas de maneira precária, com o apoio de funcionários da Secretaria de Saúde de Porto Alegre. Isso fez com que o atendimento médio de tempo fosse de 18 minutos, quando o padrão é 12 minutos. Mesmo assim, segundo ele, não houve impacto grave ao atendimento. “Não temos (registrado) nenhum prejuízo relevante”, afirmou ele, em relação ao serviço da noite de segunda e madrugada de terça-feira.
Bernd detalhou que a empresa não recebeu o último repasse do Estado porque a mesma não estava efetuando os pagamentos dos funcionários. “Assim, retemos o pagamento do último mês. Inclusive, a Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de qualquer tipo de pagamento para essa empresa, e pagar o boleto via judicial”, detalhou.