A noite foi copeira para o Flamengo, nesta quarta-feira (15). O Grêmio viu os rivais fazerem gol bem no início e jogarem com o regulamento debaixo do braço até garantir o avanço à semifinal da Copa do Brasil. Derrotado por 1 a 0, 2 a 1 no agregado, ao Grêmio vale o discurso conhecido: agora é focar na Libertadores e no Brasileirão.
O Flamengo fez exatamente o que queria no começo do primeiro tempo. Foi para o abafa e abriu vantagem para, depois, fechar a casinha e tentar matar o jogo contra-ataques, com a qualidade dos seus jogadores ofensivos.
Falha e um Maracanã para escalar
A encrenca para o Grêmio veio aos 5 minutos, num erro do lateral Cortez, que voltou à titularidade exatamente nessa partida. Vitinho cruzou e Cortez furou feio. A bola sobrou para Éverton Ribeiro que, de frente para o gol, fulminou no canto direito para fazer explodir em festa o Maracanã.
O Tricolor demorou um pouco para recuperar o equilibrio e quase viu o placar ficar mais complicado a favor dos donos da casa. Aos 11 minutos, Paquetá tabelou com Éverton Ribeiro e caiu ao dividir no corpo com Jailson. O lance chegou a ser analisado pelo árbitro de vídeo, mas o juiz mandou seguir, sem pênalti.
Aos 19, Marcelo Grohe teve que antecipar com coragem a tabela entre Éverton Ribeiro e Henrique Dourado para evitar o prejuízo. Dourado foi lançado na cara do gol, mas o goleirão correu muito antes para abafar e evitar o 2 a 0.
A partir daí, o Grêmio dominou as ações, mas produzindo poucas chances efetivas de gol. Aos 20, fez toda a formatação da jogada correta, dentro da área, mas a execução foi pífia. Cortez cruzou para André, que chegou atrasado. A zaga afastou e sobrou para Everton, mas o garoto furou de forma bizonha no voleio. Ainda veio a chance com Léo Moura, mas o lateral não chutou e fez um passe apertado para Maicon, que acabou desarmado. Três chances e nenhuma conclusão.
O primeiro chute só foi acontecer aos 34 minutos. Everton recebeu de Cortez na meia-lua, bateu desequilibrado e Diego Alves defendeu no canto esquerdo. O Cebolinha ainda perderia antes do intervalo, sem goleiro. Léo Moura acionou André, que mais uma vez ficou atrás da marcação, mas Ramiro recuperou o rebote. O volante bateu cruzado e chegou para Everton na pequena área, sem goleiro. Ele se desequilibrou e pegou embaixo da bola, isolando.
Domínio sem efetividade
A segunda etapa começou com pressão total do Grêmio, sem deixar o Flamengo respirar. Só que faltou, novamente, a tal finalização. No primeiro minuto, Ramiro até tentou, depois de Léo Moura cruzar, André chegar atrasado e sobrar no alto. O volante puxou a bicicleta com convicção, mas pegou embaixo da bola.
Dois minutos depois, André foi lançado na cara do gol, olhou para Diego Alves, mas não tentou chutar. Rolou para a chegada de Everton. O atacante tentou se atirar para concluir, mas bateu desviado. Foram mais de dez minutos com o Tricolor em cima dos donos da casa, mas produzindo pouquíssimo em matéria de conclusões.
Aos 18 minutos, Renato finalmente desistiu de André e lançou Jael no ataque. O centroavante logo fez aquilo que se esperava. Ganhou de dois marcadores na trombada e chutou a gol. Mas Diego Alves catou firme no meio. Marinho aumentou a carga ofensiva no lugar de Léo Moura, mas o Grêmio começou a se desorganizar, facilitando a vida dos flamenguistas.
Flamengo que quase matou o jogo aos 31. Marlos Moreno correu nas costas da zaga e deslocou Marcelo Grohe. A bola tinha destino certo, mas Ramiro surgiu aos trancos e barrancos para evitar o 2 a 0. O Tricolor ainda teve Alisson no lugar de Maicon, mas desorganizado não encontrou o caminho para igualar. No fim, Douglas ainda levou amarelo no banco de reservas, ao deixar o local para repor a bola, sem gandulas nas laterais. Luan cobrou uma falta na área, mas Diego Alves pegou e veio o apito do árbitro: Tricolor eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil.