Política

'Não fiz nada errado', diz Flávio Bolsonaro sobre movimentação milionária de ex-assessor

Filho do presidente eleito Jair Bolsonaro comentou nas redes sociais caso do ex-assessor Fabrício Queiroz. Coaf identificou movimentações bancárias de R$ 1,2 milhão

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13/12/2018 - 16h06min G1 / Foto: Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo Corrigir

O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)publicou nesta quinta-feira (13), nas redes sociais, uma mensagem na qual afirma que não fez "nada de errado" no caso do ex-assessor citado em um relatório do Conselho de Controle Atividades Financeiras (Coaf) por movimentações bancárias de R$ 1,2 milhão consideradas suspeitas.

O nome de Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, aparece no relatório que integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu dez deputados estaduais no início de dezembro.

Flávio negou em suas contas no Facebook e no Instragram que tenha cometido qualquer irregularidade. Queiroz trabalhou no gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

"Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se esclareça pra ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é, envolvendo meu ex-assessor"”, escreveu o senador eleito nas redes sociais.

Na internet, Flávio Bolsonaro também disse que está "angustiado", querendo que tu se esclareça logo e "não paire mais nenhuma dúvida" sobre a idoneidade dele.

"Garanto a todos que não dei e nunca darei motivos para isso. Não vou decepcionar ninguém, confiem em mim. Se Deus quiser, tudo será esclarecido em breve", declarou o filho do presidente eleito.

O filho do presidente eleito afirmou ainda que manterá sua "coerência", sem "passar a mão na cabeça de quem errou". De acordo com o senador eleito, Queiroz optou por não falar com a imprensa e dará explicações somente ao Ministério Público.

"Isso é ruim pra mim, mas não tenho como obrigá-lo", escreveu Flávio.

Na semana passada, o senador eleito declarou que conversou com Queiroz, que lhe contou "uma história bastante plausível", sem "ilegalidade", nas movimentações financeiras.

Entenda o caso

O nome de José Carlos de Queiroz, que era motorista de Flávio Bolsonaro na Alerj, apareceu em relatório do Coaf publicado na semana passada em uma reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo".

A análise do relatório do Coaf revelou que a maior parte dos depósitos em espécie na conta do ex-motorista de Flávio Bolsonaro coincide com as datas de pagamento na Assembleia Legislativa do Rio. Nove ex-assessores do filho do presidente eleito repassaram dinheiro para o motorista.

O relatório também identificou um depósito de Queiroz no valor de R$ 24 mil na conta bancária da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

O presidente eleito afirmou na semana passada que o depósito do ex-assessor do filho na conta de Michele se tratou do pagamento de uma dívida de R$ 40 mil com o próprio Bolsonaro. Segundo ele, Queiroz utilizou a conta da futura primeira-dama para receber o dinheiro "por questão de mobilidade". Bolsonaro alegou que tem pouco tempo para ir ao banco em razão da rotina de trabalho.

Na noite desta quarta-feira (12), em uma transmissão ao vivo no Facebook, Jair Bolsonaro afirmou que ele e o filho mais velho pagarão "a conta" se houver algo de "errado" nas movimentações bancárias de Queiroz.

"Se algo estiver errado, seja comigo, com meu filho ou com o Queiroz, que paguemos a conta deste erro, porque nós não podemos comungar com o erro de ninguém", ressaltou o presidente eleito na transmissão pelo Facebook.

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