Geral

MUNDO: Coreia do Norte chama sanções da ONU de 'impiedosas' e ameaça EUA

Publicado: 12/09/2017 às 15:46 | Atualizada: 12/11/2020 às 20:56 | AFP / Foto AFP/Kena Betancur
Juares da Luz

A Coreia do Norte denunciou nesta terça-feira (12) as "impiedosas sanções impostas" pelo Conselho de Segurança da ONU em função de seu teste nuclear, e ameaçou infligir "uma dor maior" aos Estados Unidos.

"As próximas medidas da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] infligirão aos Estados Unidos a maior dor que jamais conheceram em sua história", declarou o embaixador norte-coreano, Tae Song Han, em uma conferência sobre desarmamento em Genebra.

Com o apoio de China e Rússia, o Conselho de Segurança aprovou a iniciativa dos Estados Unidos com voto favorável dos 15 membros, um mês depois de adotar outra que vetava as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, pescado e frutos do mar após o lançamento, em meados de agosto, de um míssil de médio alcance que sobrevoou o Japão.

Esta é a oitava série de sanções adotadas pela ONU, que tenta pressionar Pyongyang a negociar seus programas nuclear e balístico.

Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália, entre outros países, concordam em que a nova resolução é "muito sólida", "equilibrada" e manifesta a "unidade" e a "determinação" do orgão para abordar o problema.

"Não buscamos uma guerra", assegurou a embaixadora americana, Nikki Haley, após a votação.

Na segunda-feira, Nikki admitiu que a Coreia do Norte não havia "atravessado um ponto sem retorno".

Seul celebrou a resolução, qualificada de "severa advertência" contra Pyongyang.

"A Coreia do Norte deve compreender que a desnuclearização é o único caminho que lhe garante segurança e desenvolvimento econômico", estimou o governo sul-coreano em um comunicado.

Já o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, "apreciou altamente" o texto, que mostra que "a comunidade internacional deve acentuar a pressão sobre a Coreia do Norte a um nível sem precedentes" para que "mude sua política".

O primeiro projeto de resolução previa um embargo total sobre o petróleo, produtos derivados de petróleo e gás, o reenvio para a Coreia do Norte de seus expatriados, o congelamento de bens de Kim Jong-un, a proibição das exportações de têxteis e a inspeção de embarcações suspeitas de transportar para a Coreia do Norte carga afetada pelas sanções.

- Pretensões mais modestas -

Os Estados Unidos tiveram de tirar algumas medidas de sua proposta original, porém, para obter o aval de Pequim e de Moscou.

Após dias de negociações, o embargo sobre o gás natural foi mantido, mas o texto prevê limitar o fornecimento de petróleo à Coreia do Norte ao nível que tem sido adotado nos últimos 12 meses.

A resolução limita a entrega de produtos derivados de petróleo a 500.000 barris durante três meses, a partir de 1º de outubro, e a dois milhões de barris durante 12 meses, a partir de 1º de janeiro de 2018.

Isto representa um corte de 10% desses produtos, segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos, que calcula que a Coreia do Norte importe 2,2 milhões de barris ao ano.

O regime importa gasolina e diesel principalmente da China, vitais para garantir o funcionamento dos setores agrícola, militar e de transportes.

Aliado mais importante de Pyongyang, Pequim se negou a avalizar o embargo total petroleiro proposto por Washington, alegando que deixaria a economia norte-coreana em frangalhos.

Durante as discussões, o congelamento de bens do líder norte-coreano, rejeitado por Moscou, foi retirado do texto. Os Estados Unidos garantem que não desejam mudar o regime norte-coreano.

O texto também restringe os países-membros das Nações Unidas que poderão oferecer novas permissões de trabalho a cidadãos norte-coreanos. Cerca de 93 mil cidadãos trabalham no exterior, tornando-se uma importante fonte de renda para financiar o programa de armamento de Pyongyang, segundo uma fonte americana.

Especialistas são céticos quanto ao alcance das medidas, considerando que as sanções anteriores não impediram o desenvolvimento do programa armamentista do país.

"Não é o suficiente para fazer doer", estimou Go Myong-Hyun, do Instituto de Estudos Políticos.

Para o professor Kim Hyun-Wook, da Academia Diplomática Nacional da Coreia, "as sanções dão a Pyongyang uma desculpa para novas provocações".

Helicóptero uruguaio

Uruguai envia helicóptero para ajudar nos resgates no RS

Em todo o estado foram resgatadas das enchentes quase 18 mil pessoas

Hoje
Risco de mais alagamentos no RS

Defesa Civil prevê risco de mais alagamentos no RS

Chuvas e ventos devem atingir o Norte e o Nordeste do estado e na Região Metropolitana de Porto Alegre

Hoje
Rodovias federais bloqueadas no RS

Dnit trabalha para restabelecer o tráfego nas rodovias afetadas pelas fortes chuvas e inundações no RS

São 47 pontos interditados em oito rodovias federais na manhã deste domingo (5)

Hoje
Rodovias estaduais bloqueadas

Confira quais são as rodovias estaduais que estão com bloqueios totais ou parciais no RS

Segundo a atualização das 9h deste domingo (5), 113 trechos em 61 rodovias gaúchas estão interditados

Hoje
Consequências dos temporais no RS

CEEE Equatorial informa que 157 mil clientes estão sem energia em sua área de concessão

Dos desabastecidos, 141 mil estão desligados por motivos de segurança, devido a áreas alagadas

Hoje
Solidariedade

Prefeitura de Cristal envia veículos para auxiliar no resgate de vítimas em Eldorado do Sul

Foram enviados um ônibus, um micro-ônibus e um caminhão baú

Hoje