O Informativo nº 6 do Projeto “Polícia Civil Orienta” traz neste sábado (1º) orientações quanto a golpes envolvendo falsa recompensa, bilhete premiado e ligações telefônicas.
Imagine a seguinte situação: um casal após sacar dinheiro em uma instituição bancária se deparara com um homem, o qual deixa cair um pacote no chão. O casal recolhe o pacote para devolvê-lo e chama o estranho. Repentinamente, outro indivíduo surge, aborda o casal por trás e mostra que há dinheiro dentro do malote.
O casal ignora o indivíduo e segue chamando pelo homem que havia perdido o pacote. Assim que o pacote é devolvido, o suposto proprietário deseja retribuir o gesto dando dinheiro ao casal. Porém, para isso, as vítimas devem ir até um escritório em que estaria o verdadeiro dono do dinheiro.
O golpista leva o casal até a rua do suposto escritório, surgindo, em seguida, com um vale no valor prometido às vítimas.
Mas o estelionatário impõe uma condição: o casal deve dar uma garantia de que não irá fugir com o pacote de dinheiro, que supostamente contém grande quantia de dinheiro. Com o consentimento das vítimas, o golpista, então, apodera-se de todo o dinheiro recém sacado pelo casal.
Por fim, o casal procura o escritório para receber a gratificação, mas descobre que o estabelecimento não existe. Ao abrirem o pacote, as vítimas encontram uma nota de dinheiro e jornais dobrados.
Em média, por dia, 55 vítimas de golpistas procuram a polícia no Rio Grande do Sul. Entre janeiro e setembro de 2018, segundo a Secretaria da Segurança Pública, foram 15.032 registros — 1,2 mil a mais do que no mesmo período de 2017.
O idoso, alertamos aqui, é uma vítima muito visada para crimes de estelionato, por ser uma pessoa crédula e por gostar de conversar. Tem vergonha de ser mal educado. Além disso, o poder de convencimento do estelionatário é alto. Aproveitam que a vítima não tem a mesma capacidade de raciocínio, por conta da idade, e falam sem parar. O golpe, em geral, envolve promessa de recompensa.
Envolvidas na trama, as vítimas demoram até mesmo para acreditar que é um golpe. Nos casos em que são interceptadas por policiais ou por algum funcionário de bancos, muitos não aceitam a verdade. Quando se convencem, surge a vergonha e o receio de contar aos familiares.
A seguir, golpes que igualmente têm causado prejuízo financeiro a diversas vítimas:
Como se proteger dos golpes:
- A principal orientação é não acreditar em desconhecidos que lhe abordam na rua ou por telefone. Desconfie;
- Não faça depósitos bancários e nem recargas de celulares para quem não conhece;
- Se o contato for por telefone, questione a pessoa sem dar nomes de familiares e converse com outros parentes para se certificar sobre a possibilidade da história ser real;
- Se for vítima, vá até a Polícia Civil. Tente descrever aos policiais o máximo de características físicas dos golpistas, local e horário do fato, testemunhas, além de qualquer outra informação que possa auxiliar na identificação dos estelionatários.
A finalidade do projeto “Polícia Civil Orienta” é de estreitar a relação da Instituição com a população, promovendo informação e atitudes preventivas.