Polícia

Operação prende suspeitos da morte de três pessoas na capital

Também estão sendo cumpridos mandados relacionados à investigação sobre execução de um frentista no bairro Jardim Botânico, em dezembro do ano passado
Publicado: 11/02/2019 às 08:26 | Atualizada: 16/11/2020 às 19:22 | GaúchaZH / Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Juares da Luz

A Polícia Civil deflagrou operação, na manhã desta segunda-feira (11), para prender suspeitos e esclarecer quatro assassinatos registrados em Porto Alegre, em dezembro de 2018 e em janeiro deste ano. O principal objetivo da ação foi prender cinco dos seis investigados pela execução de três pessoas e da tentativa de homicídio de outras três em meio a bares na Rua João Alfredo, no bairro Cidade Baixa, há duas semanas.

 

O outro caso investigado é a morte de um frentista nas imediações de um posto de combustíveis no bairro Jardim Botânico, na zona leste da Capital, ocorrido no dia 19 de dezembro. Os crimes não têm ligação, mas a polícia utiliza a mobilização de 100 agentes para cumprir, ao todo, 20 mandados de busca e cinco de prisão preventiva em Porto Alegre e em Viamão.

Até as 7h30min, quatro pessoas haviam sido presas – três por ligação com o crime na Cidade Baixa e um homem, preso em flagrante, apontado como atirador na execução do Jardim Botânico. Os nomes dos detidos ainda não foram divulgados.

Apesar de fatos isolados, a investigação aponta que há em comum entre os crimes o envolvimento de facções e vítimas com passagens pela polícia. A ação foi coordenada pela delegada Roberta Bertoldo, titular da 2ª Delegacia de Homicídios da Capital.

Execuções na Cidade Baixa

Em relação ao crime na Cidade Baixa – ocorrido no dia 26 de janeiro e que gerou pelo menos mais três tiroteios entre facções na região do Condomínio Princesa Isabel, no bairro Santana – a polícia cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e 13 de busca na Vila Cruzeiro, na Vila Nova e no bairro Partenon.

Os mandados são contra três suspeitos que seriam os executores e dois que teriam planejado os crimes. Um sexto suspeito não teve prisão decretada pela Justiça. A investigação chegou até eles por meio de imagens de câmeras de segurança e após depoimentos de testemunhas.

Segundo a delegada Roberta, foram contabilizados pelo menos 15 disparos no momento das execuções, a maioria contra o principal alvo dos criminosos, Róger Abreu de Oliveira, 24 anos, que estava foragido por ter mandado de prisão contra ele por dois homicídios, além de ter antecedentes por tráfico de drogas.

Outra vítima, Salmeron Bartz Costa, 28 anos, tinha antecedentes criminais por venda de drogas e por quatro assassinatos, um deles cometido junto com Oliveira. Já Cassiane Alves Rocha, 21 anos, sem antecedentes, foi morta porque estava junto com o principal alvo dos atiradores. Outros três homens que estavam em meio aos bares da Cidade Baixa foram feridos por tiros de raspão.

A delegada diz que Oliveira já estava sendo ameaçado e até perseguido por integrar uma facção criminosa que atua na Capital e tem base no Vale do Sinos. Ele teria desavenças com um grupo baseado na Vila Cruzeiro – onde vários mandados judiciais foram cumpridos nesta segunda-feira.

De acordo com a polícia, a motivação para o crime é praticamente a mesma de grande parte das execuções, ou seja, disputa por pontos de venda de drogas. Mas neste caso, haveria uma peculiaridade.

— O Róger teve envolvimento amoroso com a namorada de um dos suspeitos, não a moça que morreu na (Rua) João Alfredo, mas outra jovem. Porém, todos os motivos circundam a rivalidade entre facções do tráfico. O Róger já estava se escondendo porque sabia que estava jurado pelo inimigo — afirma a delegada.

A delegada diz que, por causa desta namorada, Oliveira e um dos suspeitos se envolveram em uma briga, uma semana antes do triplo homicídio. A 2ª Delegacia confirmou ainda que ocorreram três tiroteios no bairro Santana após o crime, envolvendo os grupos rivais.

Crime no Jardim Botânico

Os policiais também cumpriram sete mandados de busca na Lomba do Pinheiro e em Viamão contra suspeitos da execução do frentista Gelson Andreatta, 28 anos, em dezembro do ano passado. Ele foi morto a tiros, no posto de combustíveis em que trabalhava, no bairro Jardim Botânico, por dois homens que chegaram até o local em uma moto.

A delegada Roberta diz que a vítima tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo e por tráfico de drogas. Andreatta teria sido assassinado, segundo a investigação, porque saiu de Viamão – onde seria integrante de uma organização criminosa – e se deslocou para Porto Alegre para integrar outro grupo. No entanto, Roberta apurou que ele tomou esta decisão porque estava sendo visado pela quadrilha por ter perdido grande quantidade de munição do grupo, mais de 550 projéteis de armas de diversos calibres. 

— Ele era suspeito de guardar armas e munição para uma facção estabelecida em Viamão — ressalta.

A polícia identificou quatro envolvidos no crime, inclusive os dois executores, todos com antecedentes por homicídios, tráfico e roubos. No entanto, a Justiça não concedeu à 2ª Delegacia de Homicídios os pedidos de prisão, apenas buscas e apreensões nas casas dos suspeitos.

Tanto no caso da Cidade Baixa quanto no do Jardim Botânico, a polícia não divulgou os nomes dos suspeitos, o que deve ocorrer somente após a conclusão dos inquéritos.

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