Política

Venda de estatais "ajudará a tirar a espada que está sobre a cabeça do RS", diz Leite

Governador promoveu café da manhã no Piratini e deu orientações aos parlamentares de sua base sobre projeto que retira necessidade de plebiscito para privatizações
Publicado: 23/04/2019 às 13:59 | Atualizada: 17/11/2020 às 15:57 | GaúchaZH / Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini
Juares da Luz

A manhã desta terça-feira (23) foi de articulações e últimos ajustes do governo do Estado com deputados da base aliada para a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que retira a necessidade de consulta popular para a privatização de três estatais: a CEEE, a Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM) e a Sulgás. Eduardo Leite ofereceu um café da manhã aos parlamentares da base e passou as orientações na tentativa de aprovar em plenário o projeto considerado fundamental para os planos do Executivo.

Em uma manifestação de aproximadamente meia hora, Leite agradeceu a parceria dos deputados e pediu para que eles ouvissem a "maioria silenciosa" do povo gaúcho que confiou a eles o seu voto. Desde as primeiras horas da manhã, havia manifestantes do lado de fora da Assembleia Legislativa se posicionando contra a medida.

O encontro foi fechado para a imprensa. No entanto, logo após a reunião, Leite atendeu a reportagem de GaúchaZH. Ele declarou que a PEC faz parte de "um grande plano de reestruturação do Estado que passará por outros temas no futuro" e se disse otimista. 

O encaminhamento dessas empresas à privatização nos ajudará a aderirmos ao regime de recuperação fiscal e tirarmos a espada que está sobre a cabeça do Rio Grande do Sul, que é a dívida com a União. Com isso, além de consolidarmos a questão da dívida, poderemos reorganizar o fluxo de caixa e, assim, cumprir a promessa de colocar os salários em dia — declarou Leite. 

O governador disse ainda que o tema é "urgente" para ter maior possibilidade de concorrência com outros Estados. Segundo ele, as "privatizações também são para oferecer perspectivas de futuro para investimentos privados".

O governador afirmou ainda que espera serviços melhores de concessionárias privadas de serviços públicos. 

— As privatizações não são apenas para viabilizar caixa. São para que esses setores tão importantes na estrutura do Estado, como energia e distribuição de gás, sejam providos com qualidade e eficiência para dar espaço para quem quer empreender no estado consiga empreender. Hoje você tem dificuldade em diversas regiões de fornecimento de energia — entende. 

Por fim, Leite ainda mandou um recado para os deputados da oposição e os manifestantes ligados às estatais que se manifestam nas proximidades do Palácio Piratini. 

— Nosso governo não tem nenhum problema com manifestações, elas são legítimas. Eu apenas lembro os deputados que assim como há manifestações, outras milhões de pessoas estão em suas rotinas cuidando de seu sustento, dos seus filhos, com a expectativa de que cumpramos nossa missão. Fundamentalmente, nossa missão é reestruturar o Rio Grande do Sul e animar a economia, o que vai gerar emprego e renda, inclusive para essas pessoas, que não têm o seu futuro assegurado se estiverem em uma companhia e Estado quebrados — finalizou. 

Articuladores do governo projetam uma vitória fácil. O Executivo trabalha com a certeza de que haja 40 votos favoráveis — seriam necessários 33 para a aprovação. Ainda há outros dois deputados do partido Novo que estão independentes, mas devem apoiar a aprovação da PEC.

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