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Moro tinha “interferência direta” nas ações do MPF, diz editor-executivo do The Intercept

Jornalista Leandro Demori concedeu entrevista à Rádio Guaíba nesse domingo
Publicado: 10/06/2019 às 15:15 | Atualizada: 13/11/2020 às 22:35
Correio do Povo

Poucas horas após a divulgação da série de reportagens que expôs conversas entre o ex-juiz federal Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, a Rádio Guaíba conversou com um dos jornalistas responsáveis pela investigação. Leandro Demori, editor-executivo do portal The Intercept Brasil, concedeu entrevista ao programa Jornal de Domingo, neste dia 9 de junho. Para o repórter, que também é membro do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Moro interferia diretamente nas investigações do Ministério Público Federal. O antigo titular da 13ª Vara Federal de Curitiba conversava com procuradores sobre detalhes de operação, inclusive indicando possíveis depoentes, afirma Demori.

Sobre a consistência das provas contra Lula no caso do triplex do Guarujá, as mensagens revelam a dúvida do próprio coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. Segundo Demori, o procurador “não tinha a mínima certeza se o imóvel tinha relação com a Petrobras”. A incerteza se deu, de acordo com a reportagem, a poucos dias da apresentação da denúncia, no episódio conhecido pelo Power Point que colocava o petista no topo do esquema de corrupção investigado.

Nas conversas interceptadas, membros do Ministério Público discutiriam possível impacto eleitoral da operação. Uma delas seria a entrevista do ex-presidente Lula ao jornal Folha de S. Paulo, autorizada pelo ministro Ricardo Lewandowski e, em seguida, negada pelo ministro Luiz Fux. Para Demori, o MPF “não tem que estar preocupado com o resultado eleitoral das suas ações ou não”.

O jornalista ainda questionou a validade da Lava Jato no combate à corrupção. “Agora a gente vê que fez-se toda esta operação passando por cima de regras, passando por cima de condutas éticas”, avalia. “A gente imagina que uma operação destas não pode querer consertar o que ela aponta como sendo mal praticando, de outro lado, outras maldades”, lamenta Demori.

Sobre as críticas que a reportagem sofreu dos acusados, Demori ressalta que o MPF não colocou em dúvida detalhes da matéria. Sobre a suposta ação de um hacker, o jornalista ainda lembra que o próprio Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e da Segurança Pública, afirmou que não teria perdido dados telefônicos após o episódio de invasão de seu celular.

Uma fonte anônima repassou ao portal The Intrercept mensagens de texto, fotos, vídeos, documentos e prints de tela dos grupos do Telegram de membros da força-tarefa de Curitiba. “É direito do público e da população brasileira ser informado de como a Lava Jato operou; muitas vezes, de maneira bastante duvidosa, por trás da máscara de isenção”, avalia Leandro Demori.

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