O justiceiro Mão Santa vai roubar o coração de Agno em A Dona do Pedaço. Intérprete do novo matador da família Ramirez, Guilherme Leicam conta ao Notícias da TV que aprova o envolvimento entre os personagens. Ele sabe pouco sobre o romance gay previsto por Walcyr Carrasco, mas espera cenas quentes, como acontece com os outros casais da novela. "Sou um ator de composição e desafios. Estou preparado para o que vier".
Aos 29 anos e há uma década na Globo, Leicam estava escalado desde o início da produção, mas ficou quase dois meses fora da novela. Ele só entrou no capítulo 58, e o envolvimento com Agno (Malvino Salvador) vai acontecer em breve.
Após ter falhado na missão de matar Vivi (Paolla Oliveira), Mão Santa se verá obrigado a pedir ajuda para sobreviver em São Paulo. E quem estenderá a mão ao matador de aluguel será justamente o dono da construtora Habitex.
"É uma relação improvável. Se de um lado tem um matador, na outra ponta existe um homem bem-sucedido, mas com o caráter duvidoso porque passou a perna na própria família. São dois mundos completamente diferentes e distantes. Mas, assim como o Walcyr, eu acredito que o amor não escolhe a quem se ama", complementa o ator.
Coração sensível
Segundo Leicam, Leandro (nome de batismo de Mão Santa) vai se apaixonar e revelar uma personalidade oposta à do viril matador que a família tanto enxergava. "Ele é um homem carente, e a coisa que mais deseja na vida é ter um lugar no coração de alguém. Se ele sentir isso, seja com o próprio Agno ou com qualquer outro personagem, não vai pensar em nada nem ninguém", aposta.
Para interpretar o personagem, o ator decidiu perder oito quilos. Além de buscar referências em atores que fizeram vilões no cinema, como Jack Nicholson, Alain Delon e Anthony Hopkins, Guilherme leu livros sobre inteligência emocional. "Bebi de muitas fontes porque eu queria fazer desse trabalho o mais diferente que já vivi.
"Filho de um policial civil, o ator reconhece que tem prática em pegar em revólveres, porque fez aulas de tiro no passado. Mas Leicam nunca teve nem quer ter porte de armas. "É um assunto que está no centro das discussões, no meio de um debate político do Brasil, e que eu não gostaria de me envolver", ressalta.
"Convivi com armas em casa por causa da profissão do meu pai, que sempre me alertava do perigo. Não mexia porque nunca me despertou interesse", encerra.