A implantação de uma trilha ecológica atrás do prédio da Câmara de Vereadores de Camaquã está gerando polêmica devido ao valor gasto. Segundo o Portal da Transparência, o valor para a realização da limpeza e manutenção do terreno custou aos cofres públicos R$ 12.800,00.
De acordo com o empenho, a limpeza do terreno, podas, capina e manejo da vegetação teve o custo de R$ 7.800,00, já a retirada e destinação final de resíduos custaram R$ 5 mil ao Legislativo. A contratação do serviço teve dispensa de limite, ou seja, não houve processo licitatório, atendendo ao Decreto 9.412/2018 que prevê que serviços com valores inferiores a R$ 17.600,00 estão dispensados de licitação.
De acordo com o presidente do Legislativo, Fabiano Medeiros, foram retirados mais de 100m³ de galhos, podas e entulhos, faltando ainda cerca de 25m³ de resíduos a serem retirados da mata. O terreno possui área de 1335m². “A área é um espaço de preservação ambiental devido as diversas espécies de árvores existentes no local, sendo que algumas estão em extinção. Devido a isso, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente exigiu a contratação de uma empresa especializada com conhecimentos técnicos para execução do serviço”, avalia Medeiros.
Conforme o presidente, a trilha ecológica é a continuidade do projeto Vereador Mirim do ex-presidente Claiton Silva. O espaço deve ser utilizado por escolas para a realização de atividades. “A ideia é abrir as portas da Câmara para que as escolas do município possam trazer seus alunos para o novo espaço, dando condições para que elas adquiram consciência e conhecimento sobre meio ambiente na prática”, destaca Medeiros.
O espaço ainda não tem data para inauguração, pois ainda deve receber bancos e mesas confeccionados com pallets pela Secretaria de Meio Ambiente em parceria com escolas, além das árvores receberem placas de identificação.
Ainda no mês de julho, o Legislativo comprou da mesma empresa três plantas ornamentais no valor de R$ 490,00 e três vasos de cerâmica que somam R$ 885,00, totalizando R$ 1.375,00.