Polícia

Polícia Civil descobre clínica de aborto em Novo Hamburgo e prende três pessoas

Local, que fica em um prédio residencial, passou a ser monitorado após denúncia anônima
Publicado: 16/09/2019 às 14:15 | Atualizada: 15/11/2020 às 02:47
G1

Após dois meses de investigações, a Polícia Civil comprovou a existência de uma clínica clandestina de aborto na cidade de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, e prendeu três pessoas em flagrante em operação realizada na última sexta-feira (13). As informações foram divulgadas em entrevista nesta segunda (16).

Quando os policiais chegaram ao local, que fica em um prédio residencial, havia uma mulher, que foi ouvida e liberada por falta de prova material de que havia passado pelo procedimento, segundo a polícia.

Os presos seriam os responsáveis pelo funcionamento da clínica. Um deles é técnico em enfermagem. Os flagrantes foram por crime de aborto, comércio ilegal de medicamentos e porte ilegal de arma, encontrada na casa de um deles e em situação de roubo, conforme a polícia. Também foi apreendida uma quantia em dinheiro.

"Observamos uma grande quantidade de medicamentos. Inúmeras cartelas de outro medicamento, não o que era dito pelas pessoas na marcação do procedimento. Usavam medicamento vendido no mercado negro. Tudo foi aprendido para análise", destaca a delegada Roberta Bertoldo.

"O local não dispunha de qualquer tipo de higienização. Mulheres deitavam numa maca sem qualquer tipo de cuidado. Todo o procedimento era feito dentro de um quarto, com equipamentos extremamente rudimentares."

A investigação se iniciou após denúncia anônima. De acordo com a polícia, uma mulher foi até a 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, em Porto Alegre, depois de ter visto publicações em redes sociais. Havia um número de contato em uma página, com DDD 51.

No decorrer da investigação os policiais confirmaram que o local ficava em Novo Hamburgo, mas seguiram no caso.

Durante cerca de 30 dias, os investigadores monitoraram o prédio e identificaram a entrada e saúde de "inúmeras mulheres". A segunda etapa da apuração policial irá focar nessas clientes.

"Essa investigação vem monitorando uma série de pessoas que supostamente teriam se submetido ao procedimento. Até o momento, a investigação focou nos responsáveis pela realização. A partir de agora vamos investigar essas mulheres e verificar se realmente efetuaram aborto, se estavam grávidas, e isso está em sigilo. Não vamos passar informações sobre nenhuma dessas mulheres", pontua a delegada Vanessa Pitrez.

"Ainda não temos certeza se elas estavam ali para praticar aborto. Mas temos prova robusta de que as pessoas que estavam na clínica no momento estavam praticando aborto", acrescenta o delegado Eibert Moreira.

A mulher que estava na clínica no dia da operação ainda fará parte da investigação. A polícia explica que ela não foi presa por falta de prova para o flagrante.

"Aguardamos a confirmação da perícia. Para o flagrante, precisamos ter a materialidade. Feto, resíduo placentário... O que não quer dizer que vamos colher outras provas. Porém, o crime também seria afiançável, iríamos arbitrar a fiança e ela poderia ser liberada", explica Vanessa.

"Indagamos a ela o que foi feito e ela não soube detalhar, disse apenas que só queria que tudo aquilo terminasse. Não sabia dizer o que colocaram no seu organismo", completa a delegada Roberta.

 
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