Parcerias em seguros
O presidente da Caixa Econômica Federal confirmou o recebimento de ofertas vinculantes para oito parcerias em seguros. "Até o fim do ano vamos anunciar as parcerias que devem nos render alguns bilhões de reais", disse ele, sem mais detalhes. De acordo com Guimarães, a negociação das parcerias em seguros está no mês final. A Caixa procura novos sócios nas áreas de assistência 24 horas, automóvel, capitalização, consórcio, saúde, odontologia, grandes riscos e, por fim, habitacional e residencial. O ganho com a venda de ativos, conforme Guimarães, impactará o resultado do banco público somente em 2019. Até agora, já foram mais de R$ 26 bilhões. Na área de seguros, a Caixa já fechou um novo acordo com a atual sócia, a francesa CNP Assurances, no valor de R$ 7,8 bilhões.Impedimento operacional
O presidente da Caixa Econômica Federal afirmou que o banco não tem nenhum impedimento operacional para listar as ações da sua seguradora na bolsa. A última questão, conforme o executivo, foi a apresentação das ofertas vinculantes, que são passaporte para interessados arrematarem os ativos ofertados, na segunda (11). "Não poderíamos fazer o IPO da Caixa Seguridade sem as parcerias. Não posso adiantar mais nada. Esse é um ponto fundamental além de todas as etapas do TCU (Tribunal de Contas da União)", explicou Guimarães. Segundo ele, o banco teve um nível de demanda "muito forte" de exigências do TCU, mas que está "cumprindo com tranquilidade". "Houve atraso com essas questões. Não posso dar uma data (para o IPO de seguros). Temos ainda aprovações internas", relembrou o executivo. Na área de cartões, segundo Guimarães, falta ainda avançar na negociação de parcerias. Esse mês, de acordo com ele, a Caixa receberá ofertas vinculantes também nesse segmento.Banco Pan
O presidente da Caixa reforçou que o banco vai se desfazer de toda a sua participação no banco Pan (ex-Panamericano) em até três anos. Esse movimento, conforme ele, será feito "com calma". A Caixa já vendeu uma parte das ações que detinha no Pan em uma oferta subsequente de ações (follow on), realizada este ano.'Padaria do Seu Joaquim'
Guimarães afirmou que o banco público não vai emprestar recursos para grandes companhias, o que justifica a queda da carteira neste ano. "Não somos o banco da Petrobras, mas da padaria do Seu Joaquim", disse ele. A Caixa viu sua carteira de pessoa jurídica encolher 5,0% no terceiro trimestre ante o segundo, para R$ 40,2 bilhões. Em um ano, a queda chega a 29,7%. O impacto, conforme Guimarães, se dá por conta do vencimento de uma operação de R$ 8 bilhões junto à Petrobras e que não foi renovado. "Quando não renovamos R$ 8 bilhões faz uma diferença muito grande e que demora para que seja compensada", explicou Guimarães. Segundo ele, o foco da Caixa é nas áreas de crédito imobiliário e de infraestrutura. Para grandes empresas, o banco não vai atuar em linhas de capital de giro, por exemplo, e sim na área de investimentos, cujas operações podem ser feitas no mercado de capitais.