A falta de chuva e o intenso calor vêm causando preocupações e perdas para o município de Camaquã. Os danos ocorrem principalmente nas produções de tabaco, milho, soja e feijão.
Segundo uma estimativa realizada pela Emater, a estiagem já causou um prejuízo de R$ 70 milhões, no município.
O prefeito Ivo de Lima Ferreira relatou em entrevista à Rádio Gaúcha que projeta um resfriamento no comércio, já que haverá menos dinheiro circulando no município. Através do decreto de situação de emergência, o prefeito prevê uma forma mais rápida de auxiliar os produtores rurais e buscará outros recursos.
O chefe do executivo irá se dedicar para prorrogar a dívida dos agricultores que, sem o decreto, não teriam como acertar as dívidas e seguir o trabalho.
Os fumicultores da cidade estão preocupados com os prejuízos causados pela estiagem. Em depoimento ao portal de notícias Blog do Juares (BJ), Cristiano Münchow, morador da localidade de Santa Auta, relata que no ano anterior obteve a média de 14 arrobas por mil, e esse ano terá aproximadamente 8,5 arrobas por mil, uma quebra de produção a cerca de 40% em relação a safra passada. O calor intenso queima as folhas e as plantas não se desenvolvem como deveriam, afetando a qualidade do produto.
No fim da safra, entre os mesês de maio e junho, a maioria dos produtores tem o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), insumos agrícolas e outras dívidas para pagar, com isso, a espectativa dos fumicultores é que as indústrias fumageiras valorizem a comercialização e a compra do produto.
O estado do Rio Grande do Sul enfrenta a maior estiagem dos últimos sete anos. Além de Camaquã, até esta quarta-feira (8), também decretaram situação de emergência os municípios de Amaral Ferrador, Cristal, Chuvisca, Cerro Grande do Sul, Pantano Grande, Sinimbu, Venâncio Aires, Boqueirão do Leão, Maquiné e Mariana Pimentel.