Mundo

Grécia elege pela primeira vez mulher como presidente da República

Ekaterini Sakellaropoulou, de 63 anos, é conhecida no país pelos trabalhos em favor do meio ambiente
Publicado: 22/01/2020 às 10:33 | Atualizada: 16/11/2020 às 23:45
Correio do Povo

A juíza Ekaterini Sakellaropoulou, de 63 anos, foi eleita nesta quarta-feira presidente da República e se tornou a primeira mulher na história da Grécia a ocupar este cargo essencialmente simbólico. A atual presidente do Conselho de Estado, principal tribunal grego para casos contencioso-administrativos, venceu em primeiro turno, por indicação do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, por 261 votos a favor, sobre um total de 300 deputados.

A magistrada experiente, especialista em direito ambiental, prestará juramento em 13 de março, no mesmo dia em que termina o mandato de seu antecessor, o conservador Prokopis Pavlopoulos. Ekaterini Sakellaropoulou é a candidata da "unidade" e do "progresso". Assim foi apresentada pelo chefe do governo.

A nova presidente foi eleita para um mandato de cinco anos. Assim que seu nome apareceu entre os candidatos, em 15 de janeiro, a candidata obteve imediatamente o consenso geral em uma sociedade muito patriarcal, que está atrás de alguns países europeus em termos de paridade.

Sem ir mais longe, o primeiro-ministro que a propôs foi criticado por ter nomeado apenas duas mulheres ministras em seu governo. Na Grécia, onde uma em cada cinco mulheres está desempregada, Sakellaropoulou abriu caminho quando se tornou a primeira mulher a liderar o tribunal administrativo mais importante do país em outubro de 2018, durante o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras.

"Sempre trabalhou firmemente pela justiça, pela proteção dos direitos individuais e pela neutralidade religiosa do Estado. Sua eleição recompensará os valores progressistas que sempre defendeu como juíza", elogiou Tsipras, agora líder da oposição de esquerda.

Defesa

Ao longo da carreira, a juíza defendeu os direitos dos refugiados, minorias e liberdades civis. Mas se destacou, acima de tudo, nos casos de proteção ambiental, nos quais sempre se preocupou em preservar os investimentos em uma Grécia atingida por uma década de crise. Desta forma, a magistrada foi criticada por ter defendido um polêmico projeto de investimento de uma empresa de mineração canadense no norte do país.

Sem militância política, essa feminista, divorciada e mãe de um filho, passa a ocupar a chefia do Estado. Chefe de Estado e das Forças Armadas. Segundo a Constituição, quem está no posto pode declarar guerra, mas sempre sob a supervisão do governo. "Esta nomeação é uma conquista estratégica e significativa que abrirá novas perspectivas para o futuro", considerou o editorialista Elias Maglinis no jornal conservador Kathimerini.

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