Pela segunda noite consecutiva, o carnaval de rua de Porto Alegre terminou com o uso de bombas de gás lacrimogênio no bairro Cidade Baixa. Na madrugada desta segunda-feira (24), segundo a Brigada Militar, ruas foram bloqueadas, houve brigas com grupos rivais e o batalhão de choque precisou intervir para dispensar a multidão.
Já passava das 3h da madrugada quando a tropa de choque da BM seguiu pela Rua Lima e Silva em direção a ponto com concentração de pessoas. De acordo com o comandante do 9º BPM, coronel Luciano Moritz, uma sequência de quatro brigas entre grupos rivais gerou a resposta da polícia. Na esquina com a Rua Luiz Afonso, bombas de gás lacrimogêneo foram jogadas contra um grupo de cerca de 70 pessoas.
"No momento que iniciou [a briga], alguns jovens, com petulância de promover o vandalismo, começaram a arremessar garrafas e fazer o enfrentamento. Policiais tiveram capacetes e escudo danificados", diz.
O grupo fugiu em direção à Avenida João Pessoa. Contêineres de lixo foram virados próximo ao Parque da Redenção. Conforme o comandante do 9º BPM, embora com menos gravidade do que a noite anterior, a ação da Brigada Militar foi necessária.
"Nossa preocupação é sempre preservar a vida. Não queremos que, mesmo que optem pela briga, saiam feridos. Tampouco um crime mais grave", afirma.
O carnaval de rua organizado pela Prefeitura de Porto Alegre começa na Praça Garibaldi, por volta das 19h, e termina as 21h. Depois disso, parte dos foliões deixa o local e se concentra na Cidade Baixa. Foi o que também aconteceu na noite de sábado(22) e gerou reclamação.Cerca de mil policiais militares foram escalados para os quatro dias do evento. Nas redes sociais, a ação do Batalhão de choque da Brigada foi criticada por alguns foliões