Na coletiva de imprensa que foi convocada na tarde desta segunda-feira (23) para dar os resultados de dois exames de pacientes com suspeita de coronavírus em Camaquã, o prefeito Ivo de Lima Ferreira, junto ao secretário de saúde Luciano Pereira Dias, se pronunciaram a respeito da montagem de um ambulatório ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que funcionará como um espaço de atendimento para pessoas que apresentarem os sintomas da covid-19.
O investimento feito pelo Poder Executivo foi de R$ 70 mil para o serviço funcionar pelos próximos 90 dias. Quem for sintomático para o novo vírus, será atendido por uma equipe técnica, de maneira especial, para que não haja contato com as demais pessoas e, assim, evite a propagação do novo vírus. “A gente espera não usar nada dessa estrutura ou usar o mínimo possível. Mas que se precisar utilizar, que se tenha todas as armas suficientes para dar amparo aos nossos camaquenses”, afirmou o secretário.
Na ocasião, foi falado da publicação do Decreto 23.286, que cria o Comitê de Crise em Camaquã. Fazem parte desta equipe, órgãos e entidades públicas do município que estarão à frente das decisões em torno da prevenção do novo coronavírus. Essa equipe técnica está trabalhando há duas semanas e fazem parte dela alguns membros do Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA) e da Secretaria Municipal de Saúde. “Estamos na luta sempre juntos, antecipando um problema futuro. A saúde do município é um contexto geral” disse Dias.
Neste ambulatório que será montado a partir desta terça-feira (24), também haverá leitos de observação para aqueles pacientes que mostrarem sintomas mais graves.”Não será feita coleta em todo mundo. Todos vão ser tratados como pacientes sintomáticos. É um vírus e já perdemos a dimensão da contaminação”, salientou o secretário.
Dias ainda afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde busca para a UPA e HNSA a aquisição de mais respiradores, aparelho utilizado para os quadros graves onde se necessita respirar de maneira artificial, tendo ele enviado solicitação do material para o chefe do executivo.
Quanto aos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), já foram coletados e estão na Secretaria de Saúde para monitoramento de estoque, antes de serem distribuídos, conforme a necessidade, e seguindo orientação para uso consciente a fim de que não haja desperdício de material. “A gente tem que caminhar sempre na frente da doença”, concluiu o secretário.