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Fábricas da China reabrem, mas demitem devido a impactos da covid-19

Pedidos estão sendo cancelados por compradores europeus e americanos
Publicado: 26/03/2020 às 12:12 | Atualizada: 13/11/2020 às 16:33
Agência Brasil

O empresário chinês Shi Xiaomin, que costumava exportar ternos e blazers aos milhares para Coreia do Sul, Holanda e Estados Unidos, teve mais sorte do que muitos outros proprietários de fábricas da China.

Quando sua fábrica na cidade de Wenzhou, no leste do país, reabriu no mês passado depois de uma interdição prolongada causada pelo surto de coronavírus, o governo local enviou um ônibus a uma província próxima para buscar mais de 20 de seus empregados retidos. Funcionários com carro se ofereceram para pegar os colegas.

Mas o otimismo de Shi teve vida curta.

Na semana passada, ele foi inundado de pedidos de cancelamento ou adiamento de encomendas de seus clientes europeus e norte-americanos.

No início do surto, a China impôs restrições de viagem rígidas e suspensões de trabalho às fábricas para conter a disseminação do vírus, reduzindo os suprimentos e fazendo os exportadores correrem para atender os pedidos.

Agora está ocorrendo o oposto: encomendas do exterior estão sendo canceladas à medida que a pandemia devasta as economias dos parceiros comerciais da China.

"A interdição inédita da atividade econômica normal na Europa, nos EUA e em um número crescente de mercados emergentes certamente causará uma contração dramática nas exportações chinesas, provavelmente na faixa de uma queda de 20-45% na comparação ano a ano no segundo trimestre", disse Thomas Gatley, analista sênior da empresa de pesquisa Gavekal Dragonomics.

Shi disse que um fornecedor da Itália, país duramente atingido pelo vírus, suspendeu as operações no domingo (22), o que significa nada de matérias primas a partir de maio. Seu estoque de tecido só dura até o final de abril.

Ele disse que reduzirá a produção e pode suspendê-la totalmente se os negócios não melhorarem, e orientou os cerca de 50 trabalhadores que ainda não retornaram da província de Hubei, o epicentro do surto na China, a procurarem outros empregos.

"Sabemos que este ano está ruim e que o ano que vem seria melhor, mas a questão é: quantas fábricas aguentam até o ano que vem?", indagou.

Inicialmente, economistas previram uma recuperação em V para a economia do país, semelhante àquela vista após a epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2003. Desde então, analistas reduziram suas previsões a níveis que não são vistos desde o final da Revolução Cultural em 1976.

As exportações da China representaram 11% do crescimento econômico no ano passado.

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