Geral

Assentados cobram auxílio do governo gaúcho sobre perdas da estiagem

Grupo de pequenos agricultores protestou, nesta sexta-feira, em frente ao Palácio Piratini
Publicado: 08/05/2020 às 13:09 | Atualizada: 16/11/2020 às 23:53
Correio do Povo

Um grupo de pequenos agricultores realizou um protesto em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, nesta sexta-feira. Vinculados a entidades, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), os assentados pedem ações do Governo do Estado na reparação das perdas provocadas pela estiagem. A falta de chuva afeta o meio rural desde o início do ano. Mais de 350 municípios já decretaram situação de emergência devido à seca, o equivalente a 69% das cidades gaúchas.

Assentado em Viamão, o produtor Osmar de Moura participou do ato. De acordo com o agricultor, as perdas prejudicam a produção de grãos e a alimentação dos animais, bem como o abastecimento de água. “Com esta estiagem a gente está tendo, com os dados da Emater confirmados e a gente pode ver in loco, a perda de tudo aquilo que a gente plantou no último período”, observou. “Falta de água, produtividade do arroz, quebra nesse campo… Milho, feijão, todas as culturas a gente tem uma quebra muito grande”, elencou Moura.

A preocupação com a pandemia também foi ressaltada pelos manifestantes. Uma das faixas estendidas em frente ao Palácio Piratini dizia que a seca somada ao coronavírus provoca fome e miséria. O agricultor Osmar de Moura sublinhou que o grupo toma as precauções necessárias para evitar o contágio, mas que não poderia deixar de se manifestar. “Neste momento, nós devemos nos resguardar, nos proteger e proteger os outros”, ponderou. “Mas a gente, no grupo dos assentados, no grupo da agricultura, não tem como ficar em casa”, completou Moura.

Protesto além da estiagem

Os agricultores também denunciam irregularidades na compra de cestas básicas. O Executivo teria investido mais de R$ 23 milhões em suprimentos via Programa Nacional de Alimentação Escolar. No entanto, a aquisição teria ocorrido apenas por intermédio de atacadistas, ignorando o mínimo de 30% de compras da agricultura familiar, conforme determina a lei do programa.

A Secretaria Estadual da Educação afirmou que seguiu o regramento do PNAE para a compra dos kits de alimentação. A pasta pontuou que a aquisição de produtos de pequenos agricultores se limitou aos alimentos perecíveis e dentro dos limites estabelecidos em lei. No entanto, as cestas básicas distribuídas nas escolas contêm também itens não perecíveis. “As direções das escolas farão a aquisição dos alimentos perecíveis junto à Agricultura Familiar por meio da Autonomia Financeira, de acordo com a realidade e características de cada região”, completou a Seduc em nota.

Além do MST, participaram do ato produtores ligados ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), à Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), à União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e ao Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea-RS).

Animais resgatados no RS

Pelo menos 3,5 mil animais ilhados pela chuva foram resgatados no RS

ONGs precisam de mais voluntários que abriguem cães e gatos

Hoje
Helicóptero uruguaio

Uruguai envia helicóptero para ajudar nos resgates no RS

Em todo o estado foram resgatadas das enchentes quase 18 mil pessoas

Hoje
Risco de mais alagamentos no RS

Defesa Civil prevê risco de mais alagamentos no RS

Chuvas e ventos devem atingir o Norte e o Nordeste do estado e na Região Metropolitana de Porto Alegre

Hoje
Rodovias federais bloqueadas no RS

Dnit trabalha para restabelecer o tráfego nas rodovias afetadas pelas fortes chuvas e inundações no RS

São 47 pontos interditados em oito rodovias federais na manhã deste domingo (5)

Hoje
Rodovias estaduais bloqueadas

Confira quais são as rodovias estaduais que estão com bloqueios totais ou parciais no RS

Segundo a atualização das 9h deste domingo (5), 113 trechos em 61 rodovias gaúchas estão interditados

Hoje
Consequências dos temporais no RS

CEEE Equatorial informa que 157 mil clientes estão sem energia em sua área de concessão

Dos desabastecidos, 141 mil estão desligados por motivos de segurança, devido a áreas alagadas

Hoje