Na manhã desta terça-feira (12), a Polícia Civil desencadeou uma grande operação intitulada “Operação Sextorsion” para prender estelionatários envolvidos no famoso esquema do “golpe dos nudes” via redes sociais.
A ação de hoje foi comandada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), sob a coordenação do Delegado André Lobo Anicet. Foram cumpridas cinco medidas cautelares, sendo três mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, pela prática em tese dos crimes de extorsão sexual praticados pela internet e associação criminosa.
As ordens judiciais foram cumpridas em Farroupilha, Caxias do Sul e Montenegro. Até às 9 horas, duas pessoas haviam sido presas e celulares, cartões de banco e notebook foram apreendidos junto dos suspeitos.
As investigações apontaram que os criminosos utilizavam nomes e imagens de policiais civis para cometerem os delitos. Segundo a polícia, perfis falsos de uma mulher jovem e atraente eram criados no Facebook, fazendo amizade com homens de meia idade e casados na maior parte das vezes. Esse perfil puxava conversa e, após saber da vida pessoal da vítima, acabava mandando fotos de mulheres nuas, como se estivesse demonstrando interesse sexual pelos homens. Eles, por sua vez, retribuíam essas fotos íntimas e, a partir daí, passavam a sofrer extorsões.
Nesse momento, o suposto pai ou irmão mais velho da menina entrava na conversa exigindo um valor para não registrar ocorrência e também para custear o tratamento psicológico da menina, alegando que ela teria ficado abalada com o suposto assédio.
Além disso, outra pessoa se passa por um policial civil e exigia dinheiro para arquivar o procedimento, mandando falsas ocorrências por pedofilia. De acordo com a polícia, um dos envolvidos neste esquema é um apenado da Penitenciária Modulada de Montenegro. As investigações mostraram que ele utiliza pelo menos duas pessoas como cúmplices para depositar valores obtidos com as extorsões. As vítimas deste crime estão espalhadas por várias partes do Estado.
Com informações do jornal Correio do Povo