Saúde

Nota assinada por capitais do RS, SC e RJ desestimula uso de remédio liberado pelo Ministério da Saúde para covid-19

Grupo formado pelas coordenações, gerências e assessorias de Atenção Primária à Saúde e Saúde da Família de Porto Alegre, Florianópolis e Rio de Janeiro cita riscos de problemas cardíacos causados pela cloroquina e pela hidroxicloroquina
Publicado: 23/05/2020 às 12:28 | Atualizada: 15/11/2020 às 17:19
G1

Um grupo formado pelas coordenações, gerências e assessorias de Atenção Primária à Saúde e Saúde da Família de Porto Alegre, Florianópolis e Rio de Janeiro divulgou uma nota técnica que desestimula o uso de cloroquina e de hidroxicloroquina no tratamento da covid-19. Ele cita o "efeito duvidoso" desses medicamentos.

Segundo a nota, “não há evidência de benefício na utilização em humanos de drogas com possível efeito antiviral”. Entre elas, o grupo elenca, além da cloroquina e da hidroxicloroquina, a azitromicina, a amoxicilina com ou sem clavulanato e a ivermectina, ou quaisquer associações entre elas.

O risco, conforme o grupo, é de aumentar problemas cardíacos nos pacientes com coronavírus.

“Dentre os riscos impostos, inclui-se a incidência de arritmias cardíacas causadas pelas quinoleínas (cloroquina e hidroxicloroquina), especialmente em associação com a azitromicina, devido à ação destas drogas no sistema de condução cardíaco. Outros riscos ou danos incluem a neurotoxicidade, no caso da ivermectina, e efeitos gastrointestinais como a diarreia, no caso da azitromicina”, conclui a nota.

O grupo recomenda, para as primeiras 48 horas, o uso de oseltamivir para casos de síndromes gripal ou respiratória aguda grave. E, antes disso, o distanciamento social para toda população, bem como uso de máscaras caseiras e higienização constante das mãos e objetos.

Uma portaria do Ministério da Saúde, publicada nessa quarta-feira (20), autorizou o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para casos leves de Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). Antes, era permitida somente em situações avançadas.

A medida foi entendida pelo governo estadual como uma recomendação, e não deve alterar os protocolos da utilização do medicamento no Rio Grande do Sul. "Decisão é do médico", disse o governador Eduardo Leite.

O presidente Jair Bolsonaro defende o uso da cloroquina no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus. Mas não há comprovação científica de que esse remédio seja capaz de curar a covid-19. Estudos internacionais não encontraram eficácia no remédio, e a Sociedade Brasileira de Infectologia não recomenda a utilização.

Nesta sexta (22), uma pesquisa científica com 96 mil pacientes, publicada na revista "The Lancet", aponta que não há melhora na recuperação dos infectados, mas existe um risco maior de morte e piora cardíaca durante a hospitalização pelo Sars CoV-2.

Dengue

RS recebe primeiro lote de 31,5 mil doses da vacina contra a dengue

Doses serão distribuídas na Região Metropolitana de Porto Alegre

4 dias atrás

Brasil passa de 4 milhões de casos de dengue; mortes chegam a 1.937

Outros 2.345 óbitos estão sendo investigados

4 dias atrás

RS mantém liderança na campanha de vacinação da gripe, com 34% dos grupos prioritários vacinados

Campanha de vacinação começou em 25 de março e vai até o dia 31 de maio

5 dias atrás
Dengue

Combate à dengue é tema de campanha em escolas municipais de Tapes

Palestras indicam como se precaver contra o mosquito transmissor

5 dias atrás
Vacina

Governo brasileiro aumenta público-alvo da vacinação contra HPV

Pacientes com papilomatose respiratória deverão receber a vacina

5 dias atrás
Cuidado

Pediatras dão dicas de como evitar quedas de crianças

Em dez anos, internações no SUS por esse motivo passaram de 335 mil

1 semana atrás