Justiça

Presidente da OAB pede investigações sobre "sistema de informação particular" de Bolsonaro

Felipe Santa Cruz afirmou que declaração indica uso da função pública para interesses particulares
Publicado: 24/05/2020 às 10:11 | Atualizada: 14/11/2020 às 01:07
Correio do Povo

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz afirmou que a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre seu "sistema de informação particular" precisa ser investigada. A fala foi dita durante a reunião ministerial de 22 de abril, ocasião em que o presidente reclamou dos relatórios que recebia de órgãos de inteligência do governo. “Sistemas de informações, o meu funciona. O meu particular funciona. Os que têm oficialmente, desinforma (sic). E voltando ao tema prefiro não ter informação a ser desinformado em cima de informações que eu tenho”, reclamou o presidente.

Em nota, Santa Cruz afirmou que Bolsonaro deve sérias explicações à nação e que sua declaração aponta para o uso de função pública para atender interesses particulares, que fere os princípios da impessoalidade e da moralidade. Nas redes sociais, o presidente da OAB ressaltou que não existe, legalmente, um sistema particular de inteligência sobre investigações de polícia civil e federal.

“Se a milícia foi promovida a um escritório estruturado de vazamentos, interferências e proteções, esta confissão precisa ser investigada”, afirmou Santa Cruz. Não existe, legalmente, um sistema particular de informação a presidente da república, sobre investigações de polícias civil e federal.

Após a liberação do vídeo da reunião, Bolsonaro foi questionado sobre o sistema de informação e disse que se trata de um grupo com ‘uma pessoa da imprensa, policiais e militares’ . “É um colega de vocês da imprensa que com certeza eu tenho, é um sargento no Batalhão de Operações Especiais no Rio, um capitão do Exército de um grupo de artilharia em Nioaque, um policial civil em Manaus. É um amigo que eu fiz em um determinado local faz anos, que liga pra mim e mantém contado pelo zap (WhatsApp). São essas informações que eu tenho pessoal minha. Descubro muitas coisas, que lamentavelmente não descubro via inteligência oficial, que é a PF, Marinha, Aeronáutica e Abin”, disse.

Bolsonaro disse durante a reunião ministerial que não pode ser "surpreendido com notícias" e cobrou relatórios de inteligência de todos os órgãos do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), que inclui a PF, Abin, Forças Armadas e outros ministérios, como a Advocacia-Geral da União. As declarações de Bolsonaro ecoam o que disse o ex-ministro Gustavo Bebianno, morto em março deste ano, sobre a intenção do filho do presidente e vereador Carlos Bolsonaro de criar uma "Abin paralela" , com policiais federais. A acusação foi dita durante entrevista ao Roda Viva, onze dias antes de morrer de um ataque cardíaco em seu sítio em Teresópolis (RJ).

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