Polícia

Polícia Civil esclarece execução de adolescente no bairro Ponta Grossa, em Porto Alegre

Vítima era natural de Camaquã e foi morta por uma facção criminosa após consumir parte da droga que deveria vender
Publicado: 04/06/2020 às 13:41 | Atualizada: 17/11/2020 às 06:52
Correio do Povo

A 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ª DPHPP) esclareceu a execução de uma adolescente de 16 anos, natural de Camaquã, na madrugada do dia 22 de abril deste ano no Beco da Ponta Grossa, no bairro Ponta Grossa, próximo ao rio Guaíba, em Porto Alegre. Na manhã desta quinta-feira, os agentes sob comando do delegado Rodrigo Pohlmann Garcia localizaram o gerente do tráfico de drogas na vila dos Sargentos, no bairro Serraria, sendo apontado como integrante de uma facção criminosa que atua na área. O traficante estava dirigindo um Hyundai HB 20 no bairro Cavalhada. Como os policiais civis não teriam tempo hábil de chegar na região, eles pediram apoio do efetivo do 1º BPM que conseguiu deter o foragido, cuja prisão preventiva estava decretada, na avenida Cavalhada. Houve a apreensão de cerca de R$ 1 mil .em dinheiro e dois celulares, além de duas camisetas personalizadas.

Segundo o titular da 4ª DPHPP, o criminoso comandava não apenas o tráfico de drogas, mas agia também “como executor das ordens emanadas pelos líderes dessa facção detidos no sistema penitenciário, dois deles em penitenciárias federais”. De acordo com o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, o traficante aproveitava-se do vínculo dele com operadoras de aplicativos de transporte para “recolher o dinheiro do tráfico de drogas, levar drogas, transportar integrantes da facção para as mais variadas atuações, buscando com isso tentar passar incólume em barreiras policiais”.

A investigação da 4ª DPHPP apurou que a adolescente morta estava traficando na região. “Entretanto como também era usuária, ela acabou fazendo uso de parte da droga que deveria ser vendida e por essa razão foi sequestrada e executada fora da vila dos Sargentos, atendendo a ordens emanadas das lideranças dessa organização criminosa”, explicou o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia.

O acusado e um cúmplice, irmão de um dos líderes da facção, colocaram a vítima em um Fiat Siena, de cor preta, e a levaram então até o Beco da Ponta Grossa, local bastante ermo e afastado, onde a executaram com 15 disparos de pistola. O cúmplice da execução seria preso por outro delito pela Brigada Militar no dia 19 de maio. Ele estava com uma grande quantidade e variedade de drogas, além de insumos e cadernos de anotações. A ordem de prisão preventiva foi entregue dentro do sistema penitenciário.

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