Saúde

Médico intensivista fala dos protocolos de segurança da UTI do hospital de Camaquã

Diego Leite Nunes, da empresa Improve, responsável pela montagem dos leitos, comentou sobre as etapas, desde o processo pré-preparatório até a finalização da instalação das unidades
Publicado: 05/08/2020 às 11:11 | Atualizada: 17/11/2020 às 08:22
Matheus Garcia

Através de um vídeo publicado em sua página oficial, nesta quarta-feira (5), o Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA) de Camaquã divulgou mais detalhes sobre os processos que foram fundamentais para a implantação dos 10 leitos de UTI na instituição, principalmente no que dizem respeito aos protocolos de segurança dos profissionais que atuam nas unidades. O médico intensivita Diego Leite Nunes, da empresa Improve, responsável pela montagem dos leitos, foi quem comentou sobre as etapas, desde o processo pré-preparatório até a finalização da instalação das UTIs.

Segundo Diego, em março, a empresa e o HNSA começaram o trabalho de avaliação in loco para abertura das UTIs e outras ações para o aperfeiçoamento do atendimento de pacientes covid-19. Posteriormente, foi dado início a uma sequência de visitas para avaliação, treinamento de profissionais, implementação de protocolos para o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e demais processos que viabilizassem a instalação dos leitos no hospital e garantissem a segurança das equipes que iriam trabalhar nos leitos, como a distinção da área Covid das outras áreas e também os processos de paramentação e desparamentação dos equipamentos utilizados no local. "Esse trabalho consumiu pelo menos 60% do tempo nosso aqui antes dos trabalhos com questões em si da UTI", falou.

Diego salientou que a diferença de antes deste processo para a realidade atual é bastante evidente. Isso, segundo ele, traz segurança também por conta do alto risco de circulação do vírus dentro do ambiente hospitalar "Claro que a gente tem que lembrar que existe a contaminação no ambiente, né? Existe a contaminação na cidade, no Estado... Ou seja, a transmissão do vírus é pública e que sempre vão existir casos que venham importados, sejam de pacientes transferidos ou sejam de pessoas que venham para o trabalho e tenham tido contato com outras pessoas e que possa ter disseminação no ambiente de trabalho", pontuou.

O profissional disse também que, a partir da chegada dos primeiros equipamentos, o Executivo municipal, junto da direção do hospital, deu início aos trabalhos de contratação de pessoal e aceleração dos processos que já estavam sendo feitos em parceria com a Improve. O serviço foi concluído na semana passada, com término da montagem dos leitos e organização do checklist hospitalar, para ser enviado ao sistema do HNSA, antes de começar a receber os primeiros pacientes. Atualmente, duas pacientes estão internadas na unidade - uma, de 54 anos, moradora de Camaquã; e a outra, de 47 anos, de Cerro Grande do Sul. Ambas deram entrada nas UTIs na noite de segunda-feira (3).

Para o médico, a importância da abertura desse leitos para Camaquã é proporcionar a permanência do doente na cidade e diminuir o número de remoções de pacientes graves da doença para hospitais de alta complexidade até o limite de atendimento que a unidade puder suportar esse paciente. "A meta sempre foi a abertura de uma unidade capaz de dar assistência a paciente crítico covid dentro da complexidade tecnológica que um hospital do porte do hospital de Camaquã tem que dar ao paciente. Ou seja, pacientes que em outros momentos precisariam ir para outras unidades fora daqui, mas que podiam ser tratados aqui dentro, ficarem aqui e serem tratados na cidade até o limite tecnológico que a gente tenha para tratar aqui, de recurso, mesmo com assistência a paciente grave dentro da UTI", afirmou.

Asssita ao vídeo:

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