Na madrugada desta terça-feira (11), uma mulher foi presa em flagrante por tortura a um bebê de três meses, em Rio Grande, no Sul do Estado. O recém-nascido foi atendido no posto de saúde do bairro Cassino e o médico plantonista que realizou os procedimentos percebeu que a criança estava com diversos hematomas pelo corpo. O profissional, então, acionou a Brigada Militar e o Conselho Tutelar. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Rio Grande.
Segundo a delegada titular da 7ª Delegacia Regional de Polícia, Lígia Furlanetto, pelo menos quatro marcas de agressão no corpo do bebê indicavam que as violências estavam sendo praticadas há dias ou até mesmo meses. "Um deles media 15 centímetros", afirmou. A delegada revelou também que a criança era para estar em um abrigo, porém, devido à pandemia da covid-19, um acordo entre a Prefeitura de Rio Grande, Secretaria de Cidadania e Asssitência Social, Ministério Público e a Justiça liberou para que os abrigados ficassem em casa, sob responsabilidade das cuidadoras.
A mulher que estava tomando conta da criança alegou ter levado o menor até o posto porque ele estava chorando muito. Ela foi autuada em flagrante pelo crime de tortura, conforme o artigo 4, inciso 2 da Lei 9.455, mas negou a autoria do crime. De acordo com Lígia, o depoimento do médico foi importante para diferenciar a ocorrência de maus-tratos para tortura.