A Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) de Camaquã, e das delegacias de Polícia de Canguçu e Tapes, deflagraram a terceira fase da Operação Recoluta. A ação resultou na prisão preventiva do líder da quadrilha de abigeatários responsável por cerca de 25 ocorrências de furto abigeato no município de Cagunçu. O acusado foi preso na cidade de Piratini, transportando cerca de 10 animais bovinos em seu caminhão.
Também foi realizada a vistoria em duas propriedades rurais, onde o rebanho bovino foi revisado e resenhado, sendo duas armas de caça apreendidas e dois indivíduos encaminhados para a delegacia a fim de prestarem depoimento. Ao total, foram inspecionados 202 animais, não sendo constatadas irregularidades em nenhum deles. A 29ª Delegacia Regional de Polícia Civil, com sede em Camaquã, e a Secretaria Estadual de Agricultura também auxiliaram nos trabalhos, que foram coordenados pelo delegado Peterson da Silva Benitez, da Decrab Camaquã, com um total de 15 agentes em cinco viaturas.
A investigação teve inicio no mês de fevereiro, sendo deflagrada no dia 7 de maio. Nessa ocasião, foram realizados cerca de 20 mandados de busca e apreensão nos municípios de Canguçu e Rio Grande. A polícia também cumpriu três mandados de prisão preventiva contra três indiciados na operação, que ainda encontram-se presos graças ao entendimento do Poder Judiciário e do Ministério Público de Canguçu.
No decorrer das investigações, a Decrab Camaquã coletou provas de autoria que deram sustentação às informações de que os três indivíduos presos preventivamente agiam sob determinação de um líder, o qual não só receptava os animais furtados vivos, com também participava efetivamente dos furtos. O chefe do grupo era popularmente conhecido como “O abigeatário que ficou rico em Canguçu”, apontado como o maior abigeatário da Região Sul do Estado.