Saúde

Neurocirurgião explica relação entre dormir bem e ter uma boa memória

Especialista aponta que quanto menos se dorme, mais difícil é para o cérebro consolidar nossa memória
Publicado: 07/10/2020 às 14:30 | Atualizada: 17/11/2020 às 13:29
Matheus Garcia

Qual a resposta para manter a mente e o corpo descansados? Obviamente você, leitor, vai dizer que é uma noite de sono bem dormida. Os especialistas na área da neurologia apontam que para o ser humano ter um bom desempenho durante dia, é necessário que ele durma em média de 6 a 8 horas por noite. No entanto, algumas pessoas conseguem dormir menos tempo e manter a qualidade de vida.

Mas naqueles dias em que, por algum motivo, não é possível cumprir todas essas horas de sono, o corpo começa a dar as primeiras respostas negativas. Cansaço excessivo, diminuição dos reflexos, aumento da sonolência, alteração no humor e desatenção são os prncipais efeitos da privação do sono.

Alguns estudos de neurociência apontam que após 18 horas de privação do sono é que o organismo começa a dar os primeiros sinais de redução significativa da capacidade cognitiva e retenção de memória. O cérebro apresenta perda de conectividade entre os neurônios no hipocampo – região associada ao aprendizado e à memória.

A qualidade de sono interfere no aprendizado. Portanto, uma boa noite de sono permite com que seja absorvido com maior facilidade tudo aquilo que foi estudado ao longo dia.

O neurocirurgião paraibano Emerson Magno aponta que o ideal é que que essas horas de sono sejam cumpridas sequencialmente. No entanto, o famoso descanso após o almoço, popularmente conhecido como sesta, ajuda no revigoramento do corpo e da mente para enfrentar a rotina do dia a dia. O especialista indica que este cochilo também pode ser feito depois de várias horas de estudo, para que a mente descanse.

Magno afirma que são necessários cerca de 90 minutos para que o cérebro complete todas as fases do sono e atingir a fase R.E.M (Movimento Rápido dos Olhos), que é onde o cérebro consolida a memória.

A ingestão de café, apontada por muitas pessoas como o principal vilão para a perda do sono, é reforçada por Magno como ingrediente que colabora para a concentração e na memória, desde que seja ingerido em quantidades e na hora certa. Tomar muito café à noite interfere na qualidade do sono.

O especialista destaca também que a ingestão de outras bebidas, como o energético, acaba por atrapalhar as boas horas de sono. Além disso, associado ao álcool, pode provocar doenças cardíacas – ainda mais se a pessoa tiver predisposição a patologias deste tipo.

Além de influenciar na memória, a falta de uma noite de sono bem dormida pode acarretar em problemas cardíacos, hormonais, e outras funcionalidades do corpo. O que não pode ocorrer, segundo o especialista, é a pessoa estimar sua capacidade de aguentar muitas horas acordado.

“Isso é percebido a longo prazo. Então, muitas vezes, a pessoa diz: ‘eu vou ficar duas, três noites em dormir, mas depois eu vou compensar no final de semana’. Isso não é o ideal, porque o corpo precisa de um tempo para se adaptar. Então, aquele sono que foi perdido em duas ou três noites sem dormir demora um pouco mais para ser recompensado”, afirmou o especialista, em entrevista à TV Cabo Branco.

Mas o neurocirurgião alerta que quando a perda do sono evolui para uma insônia, a pessoa deve procurar um especialista para tratar algum possível distúrbio.

Dr. Emerson Magno Andrade

Neurocirurgião - Paraíba

CRM 6215

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