Saúde

Câncer de próstata: como prevenir?

Hábitos de vida saudável, além do exame de toque que pode diagnosticar a doença, são alguns dos fatores preventivos, segundo especialista
Publicado: 18/11/2020 às 09:38 | Atualizada: 20/11/2020 às 15:36

Considerado um tipo de neoplasia, tumor que ocorre pelo crescimento anormal do número de células, o câncer de próstata é o mais prevalente em homens. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020/2022, serão diagnosticados no Brasil 65.840 novos casos de câncer de próstata. Esse valor corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens (Instituto Nacional de Câncer, 06/02/2020). Daniel Vicentini de Oliveira, coordenador de cursos de pós-graduação na área da educação física, fisioterapia e saúde da Unyleya, orienta sobre a prevenção da doença.

O câncer de próstata nada mais é do que o crescimento desordenado e desorganizado da próstata, uma glândula presente no homem e que produz o líquido seminal, responsável por nutrir o esperma. Embora nenhum câncer seja totalmente cabível de prevenção, alguns hábitos de vida como alimentação equilibrada, prática regular de exercício físico, controle do peso corporal são fatores que podem contribuir para a prevenção da doença.

“Mesmo não tendo resultados conclusivos, muitas pesquisas mostram o efeito da prática de atividade e exercício físico ao longo da vida como um fator de proteção ao câncer de próstata. E ainda, essa prática corresponde também a um hábito que melhora a qualidade de vida de homens diagnosticados com câncer de próstata, que estejam ou não em tratamento”, conta Daniel. Exames rotineiros e preventivos, como o de toque retal que se faz necessário após os 50 anos de idade e também são maneiras de se evitar um possível diagnóstico tardio da doença, ou seja, quando ela já está em estágio avançado.

Segundo Daniel, não se tem uma única causa para o surgimento do câncer de próstata, mas níveis elevados de testosterona, diabetes não tratada, obesidade, sedentarismo e a genética são fatores importantes que podem estar associados a este tipo de câncer. “A maioria dos tipos de câncer possui caráter genético e hereditário.  O câncer de próstata pode ser dito como hereditário quando três ou mais parentes de primeiro grau forem afetados. Dois parentes de primeiro grau forem afetados antes dos 55 anos de idade, ou quando ocorrer em três gerações consecutivas”, relata. Homens obesos, diabéticos, sedentários, mais velhos (acima de 80 anos), e com casos da doença na família, estão mais propensos a terem o câncer de próstata.

Entre os principais sintomas da doença, estão disfunção erétil, micção frequente, fluxo urinária fraco, aumento da vontade urinar a noite, sangue na urina ou sêmen e dor na lombar irradiada ou não para os membros inferiores. Conforme orientação do Ministério da Saúde, e alguns consensos na área, é indicado que homens de 50 anos ou mais, façam o exame de toque retal uma vez ao ano, apresentando ou não sintomas.

Vale lembrar que os sintomas são mais comuns quando o câncer já está mais avançado e nestes casos, podem ser resultantes de invasão da bexiga, reto e ossos da bacia. O doutor Daniel explica ainda que o maior erro dos homens em geral em relação ao diagnóstico precoce e prevenção do câncer de próstata é ignorar esses sintomas, principalmente relacionados ao ato sexual e miccional, além de não realizar os exames necessários após os 50 anos.

O tipo de tratamento a ser realizado em um diagnóstico de câncer de próstata vai depender do estágio da doença, lembrando que este tipo de câncer tende a evoluir lentamente. No início, é indicado apenas monitoramento em relação ao aumento do câncer e presença de sintomas. Já para os mais agressivos, indica-se radioterapia, cirurgia, terapia hormonal ou quimioterapia. “Toda cirurgia tem riscos, algumas mais, outras menos. A cirurgia de remoção do câncer de próstata não é considera muito invasiva. Quanto maior a quantidade de tecido retirado, mais grave é a cirurgia em relação aos possíveis riscos. Ela pode gerar incontinência urinária, impotência sexual, infertilidade e linfedema”, finaliza o doutor.

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