Justiça

Autor confesso de estupro e morte da menina Naiara é condenado a 36 anos de prisão

Crimes ocorreram em março de 2018, em Caxias do Sul
Publicado: 03/12/2020 às 13:58 | Atualizada: 05/12/2020 às 21:44
Matheus Garcia

Após dois anos e oito meses da morte da menina Naira Soares Gomes, de 7 anos, o acusado confesso do rapto, estupro e assassinato da estudante foi julgado em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Juliano Vieira Pimentel de Souza, de 34 anos, foi condenado a 36 anos, seis meses e 20 dias de reclusão por homicídio triplamente qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver.

O julgamento ocorreu nessa quarta-feira (2) e durou 10 horas e meia. A sentença só foi proferida por volta das 19h30. Por meio de uma decisão judicial, o júri foi sem a presença de público. A imprensa só entrou no plenário no momento da leitura da sentença. Esta é a segunda condenação de Juliano pelo crime de estupro de vulnerável. No ano passado, o homem foi sentenciado a 16 anos e seis meses de prisão por raptar e estuprar outra menina, em outubro de 2017.

Durante o júri, foram ouvidas quatro testemunhas de acusação: os dois delegados do caso, a tia de Naiara e a companheira de Juliano na época. O réu preferiu permanecer em silêncio.

As penas das duas condenações foram somadas, mas Juliano não é considerado reincidente — uma vez que o segundo crime foi praticado antes de uma condenação em trânsito e julgado. Sendo assim, ele precisa cumprir 40% da pena em reclusão antes de solicitar progressão de pena para o regime semiaberto. A defesa de Juliano afirmou que irá recorrer da decisão por não concordar com o tempo de pena estipulado.

Naiara foi raptada enquanto ia para escola, na manhã de 9 de março de 2018. Imagens das câmeras de segurança registraram o momento em que Juliano se aproximou da menina, de carro, e atrai ela com uma mochila em formato de cachorro. O suspeito teria dito que, se a criança quisesse ganhar uma boneca, teria que entrar no carro.

De acordo com a investigação, o homem levou Naiara para a casa onde morava e lá violentou e matou a estudante. O corpo foi encontrado 12 dias depois, em um matagal às margens da Represa do Faxinal, local indicado pelo próprio suspeito, que confessou a autoria dos crimes aos delegados ainda na fase policial.

Um exame de DNA comprovou o estupro. Desta forma, os debates no plenário se concentraram em apontar se o Juliano teve a intenção de matar Naiara e o enquadramento dos atos criminosos praticados. O processo tramitou em segredo de justiça por se tratar de um crime sexual envolvendo criança. Juliano volta para cela isolada na penitenciária de Canoas, onde estava preso desde 22 de março de 2018.

Com informações da GaúchaZH e G1RS

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