Saúde

"Peço que a população respeite nossos profissionais da saúde", diz secretário sobre ataques registrados em Camaquã

Equipe de vacinação foi agredida por algumas pessoas que acabaram não sendo imunizadas no sábado (08) por falta de doses
Publicado: 10/05/2021 às 17:03 | Atualizada: 12/05/2021 às 23:50
Matheus Garcia

Em live realizada na tarde desta segunda-feira (10), o secretário da Saúde de Camaquã, Renato Sanhudo, e a coordenadora do Centro de Imunizações, Danieli Hain, falaram a respeito dos ataques sofridos pelos profissionais que trabalhavam na imunização contra a covid-19 no último sábado (8).

Devido à falta de doses da Coronavac, do Instituto Butantan, muitas pessoas que chegaram cedo até o Centro de Imunizações, no bairro Viégas, acabaram ficando sem o imunizante. Algumas delas teriam se revoltado e agredido os profissionais.

Segundo Sanhudo, a equipe que estava trabalhando foi atacada com gestos obscenos e palavrões. A Brigada Militar precisou ser solicitada para conter os ânimos. “A gente vem sofrendo ameaças da população, mas eu quero deixar bem claro que a gente tá fazendo o que pode. Peço que a população respeite nossos profissionais da área da saúde. É aquele profissional que tá todo dia na linha de frente pra que a gente possa ser imunizado. Mas, no momento, tá acontecendo uma coisa muito triste com esses profissionais”, lamentou o secretário.

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De acordo com o cronograma, no sábado seria aplicada a segunda dose da CoronaVac, do Instituto Butantan, apenas em pessoas que receberam a primeira dose até dia 29 de março. Porém, muitas pessoas que estavam no local haviam se vacinado depois desse período e queriam tomar a segunda dose. Por conta da longa fila que se formou no Centro de Imunizações, a vacinação teria começado antes do horário previsto. Todas as 190 doses foram aplicadas no período das 7h30 às 8h30.

“Quem se sentiu que não teve acesso à informação, a informação está disponível nos meios de comunicação, que é o meio que a gente tem pra comunicar tudo que acontece em relação à saúde no município. Então, os meios oficiais, as rádios noticiaram, a prefeitura postou no site, postou no Face(book), a Secretaria de Saúde, todos os funcionários postaram em suas redes sociais privadas sobre a vacinação no sábado”, destacou Danieli.

O secretário aproveitou para esclarecer que os problemas apresentados nos telefones do Centro de Imunização já estão sendo solucionados. De acordo com Sanhudo, a sobrecarga das linhas teria ocasionado o transtorno. Os telefones seguem sendo o 3671-4893 e o 3692-2855.

Quem acabou ficando sem vacina no sábado, terá que esperar a Secretaria Municipal da Saúde divulgar nos órgãos oficiais quando será marcado o dia de vacinação, assim que o município receber uma nova remessa e somar o quantitativo de doses da Coronavac que ainda faltam chegar ao munícipio. Segundo Danieli, são aproximadamente 2.2 mil doses que estão em falta para conseguir imunizar o grupo da segunda dose que está com a vacina atrasada.

O imunizante produzido pelo Instituto Butantan está em falta em todo o Brasil, por falta de insumos para produção. “Quem errou nesse cálculo não fomos nós e não temos gerência sobre isso. Então, discutir o que teria que ser feito é inútil, é perda de tempo”, salientou a coordenadora.

No sábado, o governo do Estado recebeu uma nova remessa da vacina Coronavac. Camaquã deve recebe 420 doses para aplicação da segunda dose ainda nesta semana.

A vacinação continua para idosos e pessoas com comorbidades que ainda não se vacinaram com a primeira dose. Já a segunda dose da AstraZeneca segue o determinado no cartão de vacina. Conforme a secretaria, há doses suficientes para a aplicação.

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