A Justiça concedeu liberdade provisória para o casal que foi preso por sequestrar e trancar um rapaz no porta-malas de um carro em Farroupilha, na Serra Gaúcha. A liberação ocorreu na quarta-feira (9). Eles devem cumprir medidas alternativas à prisão.
O homem, de 38 anos, e a mulher, de 42, foram presos em flagrante na terça-feira (8), após se envolverem em um acidente na ERS-122. O jovem, de 25 anos, foi resgatado pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM). A motivação do sequestro seria para vingar o estupro do filho do casal, de sete anos. O homem sequestrado está sendo investigado pelo crime. Ele é companheiro da avó paterna do menino.
A Polícia Civil abriu dois inquéritos para apurar o sequestro e o estupro de vulnerável. O homem estava preso desde o dia do crime e foi ouvido pela investigação. Já a mulher ficou ferida no acidente e precisou ser hospitalizada, sob custódia. Ela também foi interrogada, mas optou por ficar em silêncio.
Relembre o caso
O casal mora em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos, e saiu cedo com a filha de quatro anos, rumo à Serra. O suspeito do abuso sexual vive com a mãe do sequestrador é padrasto do sequestrador em Farroupilha. O estupro teria acontecido na Páscoa, conforme aponta a investigação. Foi registrado um boletim de ocorrência sobre o caso e as investigações já estavam avançadas.
Por volta das 7h15, eles já estavam na cidade. A partir daí, passaram a seguir o carro onde o rapaz estava na carona a caminho do trabalho. Ele foi capturado após o homem simular um assalto e mandar o jovem entrar no porta-malas.
Seguindo viagem de volta a Novo Hamburgo, o automóvel acabou colidindo em um caminhão, por volta das 8 horas. Dos ocupantes do carro, apenas a mulher se feriu com maior gravidade.
A Brigada Militar já havia sido alertada por testemunhas do sequestro e monitorava o veículo pelo número da placa. Uma barreira policial estava montada em São Sebastião do Caí para interceptá-lo.
Nenhum dos dois possuía antecedentes criminais. A polícia acredita que eles tinham intenção de matar o rapaz, movidos por sentimento de fazer justiça com as próprias mãos. Já o suspeito de abuso sexual também não tinha passagens pela polícia.
Os nomes dos envolvidos foram preservados devido à Lei do Abuso de Autoridade.