Justiça

Ministério Público denuncia mãe e madrasta de menino Miguel por homicídio, tortura e ocultação de cadáver

Defesa de ambas nega que elas tenham praticado os crimes
Publicado: 17/08/2021 às 10:58 | Atualizada: 19/08/2021 às 23:49
Matheus Garcia

A mãe e a madrasta do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, foram denunciadas pelo Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (17), por homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver. O crime ocorreu no final de julho, em Imbé, no Litoral Norte do Estado. Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, confessou ter matado o filho e atirado o corpo no Rio Tramandaí e foi presa em flagrante. Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23, foi apontada pela Polícia Civil como cúmplice nos crimes e também foi detida.

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O corpo do garoto não foi encontrado até o momento, mas os bombeiros seguem as buscas por todo o Litoral Norte. A denúncia foi entregue na segunda-feira (16) pela Promotoria de Tramandaí. O MP aceitou o indiciamento feito pela investigação após o término do inquérito policial, que indicou como agravantes do homicídio: motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel. Miguel teria sido espancado por Yasmin, que em seguida deu a ele um antidepressivo e, sem ter certeza de que o filho estava morto, colocou o corpo dentro de uma mala e atirou no rio. Para o MP, o menino foi morto por ser considerado 'um entrave no relacionamento' das duas, que estavam juntas há cerca de 1 ano e meio. 

Durante a investigação, a polícia obteve imagens de câmeras de segurança que mostraram o trajeto feito pelas acusadas durante a ocultação do cadáver. As autoridades também descobriram pesquisas feitas por Yasmin na internet para saber se o mar é capaz de apagar impressões digitais, se tornando provas de que a criança foi arremessada nas águas.

Na pousada onde Miguel morava com a mãe e a madrasta foram apreendidos um caderno com insultos que o menino era obrigado a copiar e também uma camiseta e uma corrente sujas de sangue que, posteriormente, a perícia constatou ser da criança.

A partir de todas essas evidências, a investigação concluiu que Miguel já havia sido vítima de tortura. O garoto, segundo a polícia, era mantido trancado em um guarda-roupas e em uma peça escura de cerca de um metro quadrado. Tanto a defesa de Yasmin quanto a de Bruna negam que elas tenham cometido os crimes. 

Os detalhes sobre a denúncia apresentada pelo MP estão sendo divulgados nesta manhã, em coletiva de imprensa, em Porto Alegre.

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