Justiça

STJ determina que provedor forneça dados de quem atacou Marielle na internet

A irmã e a companheira da vereadora pediram a identificação
Publicado: 23/11/2021 às 16:23 | Atualizada: 25/11/2021 às 22:55
Agência Brasil

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu hoje (23), por unanimidade, que empresas provedoras de internet são obrigadas a fornecer dados que identifiquem usuários responsáveis por publicar materiais ofensivas a Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro que foi assassinada em 2018.

Inscreva-se em nosso novo canal do YouTube ACESSE AQUI!

Prevaleceu o entendimento do relator, ministro Luís Felipe Salomão, que afastou a privacidade dos usuários diante da possibilidade de que tenham cometido ilícitos contra a honra e a memória da vereadora. Dessa maneira, o STJ atendeu a um pedido feito pela irmã de Marielle, Arielle Barboza, e sua companheira, Mônica Benício.

Ouça AQUI a web rádio do Blog do Juares!

Elas haviam solicitado à Justiça do Rio de Janeiro que as empresas fossem obrigadas a identificar os usuários responsáveis pelos IP´s (Internet Protocol, número que especifica a máquina ou roteador utilizados para acessar a internet) por trás das publicações, que já foram fornecidos por empresas como o Google.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou o pedido, alegando que para afastar o sigilo dos dados seria necessário a abertura de um procedimento criminal, e não em um processo civil, como é o caso da ação aberta pelas duas.

Nesta terça-feira (23), Salomão afastou o argumento. Para o ministro, o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPF) têm dispositivo que permitem a obtenção de dados sigilosos no âmbito de processos civis, visando a obtenção de indenização.

“A privacidade do usuário, no caso concreto, não prevalece”, afirmou Salomão. O ministro destacou que a própria Quarta Turma do STJ já julgou antes ser necessário “identificar aqueles que fazem apedrejamentos virtuais, hoje conhecidos como fake news, com discursos de ódio”.

O relator foi seguido por todos os outros quatro integrantes da Quarta Turma – Raúl Araújo, Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira e Marco Buzzi.

A então vereadora Marielle Franco foi assassinada junto com o motorista Anderson Gomes em 14 de março, quando o carro em que estavam foi atingindo por tiros disparados de outro veículo, no bairro do Estácio, zona central do Rio. Até o momento, ninguém foi condenado pelo crime.

Para receber as notícias gratuitamente e em tempo real participe do nosso grupo de WhatsApp, clicando aqui!

Ou participe do nosso grupo no Telegram clicando aqui!

Após o episódio, começaram a surgir publicações na internet associando o assassinato à uma suposta ligação da ex-vereadora com milícias ou o tráfico de drogas, conexão que nunca foi demonstrada por nenhuma prova ou indício.

Siga o Blog do Juares no Google News e recebe notificações das últimas notícias em seu celular, acessando aqui!

Justiça manda prender motorista de Porsche que causou acidente com morte em SP

MP entrou com pedido pela prisão, que já havia sido negada duas vezes

Hoje

Prazo para emitir e regularizar título de eleitor termina dia 8

Data também vale para transferências de domicílio eleitoral

Ontem

Ex-policial é condenado a 28 anos de prisão por matar ex-mulher na frente do filho em Porto Alegre

Crime aconteceu no dia 11 de dezembro de 2018 no bairro Ipanema

1 semana atrás

Homem é condenado a mais de 19 anos de prisão por matar idoso após desavença sobre serviço prestado em Eldorado do Sul

Crime aconteceu em julho de 2020 no bairro Progresso

1 semana atrás
Decisão

STF conclui que não há provas que Bolsonaro pediria asilo à Hungria

Decisão foi anunciada por Alexandre de Moraes nesta quarta-feira (24)

1 semana atrás

MPRS denuncia envolvidos em esquema de propina para compras de máquinas agrícolas em 51 municípios gaúchos

Fraudes aconteceram entre os anos de 2010 e 2015

1 semana atrás