Justiça

Justiça condena estuprador a 180 anos de prisão no RS

Júri apontou que o réu transformou as vítimas, quatro crianças e adolescentes, em escravas sexuais por uma década
Publicado: 03/12/2021 às 18:29 | Atualizada: 05/12/2021 às 23:38
Matheus Garcia

A Justiça condenou nesta semana um homem a 180 anos de prisão por estupro de vulnerável e exploração sexual de quatro crianças e adolescentes. Os crimes ocorreram no município de Tuparendi, na Serra do Rio Grande do Sul, desde 2010 até o ano passado, quando o caso veio à tona e o acusado foi preso preventivamente. A sentença foi proferida na última segunda-feira (29), pela 1ª Vara de São Sebastião do Caí, na Região dos Vales, e foi considerada uma das maiores da história recente no Estado.

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O réu, segundo o Ministério Público, tinha relação próxima com os parentes das vítimas e se aproveitava dessa condição para praticar os abusos. Conforme o juiz, o homem tornou as vítimas "escravas sexuais". Uma delas foi abusada dos 10 aos 15 anos de idade e a outra dos 12 aos 20 anos. De acordo com a denúncia, em um dos casos, os estupros ocorriam quase toda a semana, quando a esposa do réu saía para trabalhar. Ele ameaçava as garotas dizendo que contaria para as mães delas que as meninas se insinuacam para ele. 

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O homem também obrigava as vítimas a se relacionarem com outros homens e a gravarem vídeos pornográficos. Em um dos casos, uma das adolescentes foi coagida a manter relações sexuais com vários sujeitos aleatórios. A denúncia afirma que, em uma única noite, ela manteve cinco relações sexuais. No total, foram gravados cerca de 30 vídeos para o acusado. Tudo acontecia mediante graves ameaças de distribuir o material para toda a cidade em que moravam.

Quando uma das vítimas completou 18 anos, o réu passou a ordenar que ela saísse com vizinhos casados. Caso a jovem se negasse, ele ameaçava de contar para sua mãe, que estava com problemas psicológicos na época. Conforme a menina, a mãe acreditava em tudo o que o homem falava, já que era considerado de confiança pela família.

O Poder Judiciário concluiu que os abusos passaram do patamar de serem eventuais para um nível de estabilidade e permanência, ao ponto das vítimas se tornarem obedientes por conta da dominação psicológica exercida pelo réu sobre elas. 

No total, o réu foi condenado a 180 anos e três meses de reclusão  a partir da prática de vários delitos sexuais, e não de um crime só. Ele também terá que pagar indenizações que somam R$ 195 mil para as quatro vítimas, com correções monetárias. O homem está preso e a defesa não poderá recorrer da sentença. O processo tramita em segredo de justiça. O nome do réu foi mantido em sigilo para preservar a identidade das vítimas.

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