Justiça

Ginecologista é condenado a 16 anos de prisão por violação sexual de nove pacientes no Sul do RS

Além da pena privativa de liberdade, o réu deverá pagar indenização de R$ 25 mil a cada vítima
Publicado: 25/06/2022 às 13:00 | Atualizada: 27/06/2022 às 23:11
Matheus Garcia

O médico ginecologista Cairo Roberto de Ávila Barbosa foi condenado pela Justiça a 16 anos e cinco meses de prisão por violação sexual de nove pacientes em Canguçu, no Sul do Rio Grande do Sul. A audiência ocorreu na última quinta-feira (23). Além da sentença privativa de liberdade, o réu deverá indenizar cada uma das vítimas em R$ 25 mil.

A decisão foi proferida pela juíza de Direito Hélen Fernandes Paiva, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Canguçu. Os crimes teriam acontecido entre os anos de 2012 e 2017, tanto no consultório do ginecologista quanto no Hospital de Caridade do município, onde o médico também trabalhava, conforme denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP). 

De acordo com a magistrada, as vítimas "relataram terem a sensação de que o procedimento adotado era, no mínimo, estranho, contudo não tiveram a certeza de que se tratava de um abuso sexual, já que tentaram acreditar no procedimento adotado pelo renomado médico".

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"Inviável acatar a tese de que houve consentimento por parte das vítimas, justamente em razão da fraude empregada, que impossibilitava a imediata identificação do abuso sofrido, levando as vítimas a acreditarem, ou esforçarem-se para acreditar, que o que estava acontecendo era normal", completou a juíza durante a leitura da sentença.

Após a repercussão das primeiras denúncias, outras pacientes de várias cidades e até mesmo de fora do Rio Grande do Sul procuraram a Polícia Civil para acusar o médico do mesmo crime. "O que afasta a existência de eventual grupo criminoso voltado para tirar dinheiro do réu, como levantado pela defesa pessoal do réu", defendeu a magistrada. A polícia e o MP apuraram 35 denúncias ao todo.

O médico, de 66 anos, teve o direito de exercer a profissão suspenso e está preso preventivamente desde junho do ano passado. Ele não poderá responder em liberdade. A defesa alegou que só irá se manifestar nos autos do processo, que tramita em segredo de Justiça.

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