Saúde

Amamentação ajuda a desenvolver respiração, mastigação, deglutição e fala do bebê

Além de nutrir, o aleitamento promove o crescimento harmonioso da musculatura e dos ossos da face, estimulando a respiração nasal e ajudando a diminuir episódios de amigdalites e pneumonias
Publicado: 03/08/2022 às 09:22 | Atualizada: 05/08/2022 às 20:58 | Plena Estratégias Criativas
Redação BJ News

Existe uma grande relação entre o aleitamento materno e o desenvolvimento facial pois a amamentação é o primeiro exercício da musculatura facial no qual estão envolvidos os lábios, a língua e bochechas do recém-nascido. “Costumamos dizer que a amamentação é uma preparação para todo o processo de fala do bebê, além do crescimento harmonioso da parte osteomuscular, das arcadas dentárias, da língua e também do desenvolvimento da região e da respiração nasal, fator importante para evitar amigdalites, pneumonias e outras doenças respiratórias”, explica a fonoaudióloga e diretora do BabyKids Centro de Especialidades, Daniella Brom.

Toda a musculatura facial é fortalecida durante o intervalo da sucção. Quando suga a mama, o bebê favorece o crescimento da mandíbula que prepara a face para as próximas etapas do desenvolvimento. “Aqui temos uma dinâmica da cadeia neuromuscular, das estruturas ligadas à respiração, mastigação, deglutição e fonação. Todas essas etapas dependem da amamentação porque todos os sistemas são interligados. Ao mamar, aprendemos a respirar, mastigar e deglutir de maneira adequada. A posição da boca nos mamilos é que faz a estimulação dos pontos articulatórios responsáveis pela produção dos fonemas”, pontua Daniella.

O bebê que mama no peito é mais tranquilo. Além disso, tem menos chances de desenvolver problemas como atresia maxilar (parte superior da boca estreita), mordida aberta (que os dentes da frente não se tocam), retrusão mandibular (queixo pequeno), apinhamento dental (falta de espaço entre os dentes). Por isso, é muito importante a amamentação ser acompanhada também nesse processo por um fonoaudiólogo e quando há algumas alterações somos nós que conseguimos organizar para que a criança tenha melhor pega, melhor adequação postural e assim melhor sucção também.

Benefícios emocionais, funcionais e anatômicos

O aleitamento materno não é só um ato nutritivo, é um ato de amor e é nesse momento que as mães e as crianças estabelecem vínculos. Durante a amamentação acontece um trabalho muscular que tem uma grande importância para o estímulo do crescimento harmônico da face da criança. A amamentação estimula também o desenvolvimento dos maxilares, já que o bebê precisa ficar com os lábios firmes ao seio para evitar o vazamento do leite, o que promove o fortalecimento da musculatura labial, com o correto fechamento dos lábios que é a chamada “boquinha de peixe”.

O bebê precisa usar a língua para deglutir assim estimular o crescimento transversal (largura do maxilar superior) e também a maturação da musculatura da língua, evitando problemas na fala e na deglutição. Ele leva a mandíbula (arcada inferior da boca) para frente e para trás para conseguir ordenhar o seio materno e isso estimula o crescimento desse maxilar inferior.

“No meio disso tudo ele ainda precisa respirar pelo nariz ao mesmo tempo e isso estimula o desenvolvimento da região nasal e da respiração, garantindo uma passagem de ar mais ampla. E é até possível que ele evite desenvolver amigdalites, pneumonias e outras doenças respiratórias. Quando temos um bom desenvolvimento das vias respiratórias são afastadas a chance da criança se tornar uma respiradora bucal”, explica Daniella.

Para as que não conseguem amamentar

“O crescimento inadequado da face pode resultar em uma respiração incorreta que pode prejudicar o sono, a memória e a concentração. Porém, a mamãe que não consegue realizar a amamentação pode utilizar outras táticas que fazem bom uso do vínculo da emoção e da nutrição da criança, como a translactação (com o uso de uma “sondinha” que simula o aleitamento com o leite da própria mãe) e a relactação (fórmula, leite animal ou leite humano pasteurizado)”, finaliza a fonoaudióloga.

 

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