Rural

Concurso de produtos da Agricultura Familiar completa 10 anos

O concurso pega carona no sucesso de faturamento do primeiro final de semana no pavilhão, que fechou com um valor acumulado de R$ 1,61 milhão
Publicado: 30/08/2022 às 07:48 | Atualizada: 01/09/2022 às 23:12
Redação BJ News

Esta segunda-feira (29/8) marcou o início da décima edição do Concurso de Produtos no Pavilhão da Agricultura Familiar, com as avalições dos inscritos nas categorias de suco de uva integral, vinho tinto de mesa seco, queijo colonial e doce leite, produto que estreia no certame. O concurso pega carona no sucesso de faturamento do primeiro final de semana no pavilhão, que fechou com um valor acumulado de R$ 1,61 milhão (R$ 762,9 mil no sábado e R$ 852,6 mil no domingo).

Neste ano, são premiados onze tipos de produtos (além dos quatro citados): salame italiano, linguiça defumada, cachaça prata, cachaça envelhecida (premium), mel, cucas italianas e cucas alemãs. A avaliação dos produtos ocorre no espaço de eventos, no Pavilhão da Agricultura Familiar. Mais de 100 agroindústrias se inscreveram para participar. O processo culmina com a revelação dos vencedores na próxima quinta-feira (1º/9), às 10h, com presença de autoridades.

“Além dos produtores terem possibilidade de ganhar uma medalha e impulsionar as vendas, eles recebem um ‘feedback’ com suas notas e a avaliações em cada um dos quesitos. Ou seja, é uma oportunidade para melhorarem seus produtos”, revela a extensionista rural Bruna Roldan, 35 anos, que faz coordenação dos concursos pela Emater/RS.

No início da manhã, a primeira categoria avaliada foram os vinhos tintos de mesa seco. O enólogo João Carlos Taffarel, 55 anos, da Embrapa Uva e Vinho, foi o organizador da mesa de degustação sensorial das bebidas. “Nós temos especialistas aqui, degustadores oficiais. Enólogos, professores e membros da Emater. As pontuações são como as de um concurso internacional de vinhos, com quesitos de aspecto, aroma e sabor da bebida”, explicou Taffarel, sobre o funcionamento da votação.

Mais importante do que competir é participar

Cereja do bolo, “crème de la crème”, suprassumo, néctar dos deuses, glória... Cada produtor rural define de um jeito e com diferentes palavras o que seria o sonho de vencer o concurso. Mas, ao mesmo tempo, os expositores afirmam que, além de acalentar um prêmio, o mais significativo é participar e mostrar o seu melhor.

“Terra de gringo. Quarta colônia. Legítimo salame italiano. Viemos representar nossa cultura e gastronomia com um salame que é feito a quatro ou cinco gerações”, se orgulha Lorenzo Iop, 31 anos, sócio e representante da Agroindústria Bolzan, do município de Silveira Martins.

“Tenho bastante confiança de ser premiada pelo suco (no vinho, tem muita gente concorrendo). Nós já fomos premiados várias vezes. Em 2018, 1º lugar. 2019, 2º lugar. Em 2021, ficamos em quinto”, torce Asta Adams, criadora de Vinhos e Sucos Adams, de Nova Petrópolis.

Já o bicampeão do concurso na categoria mel (2018 e 2019), Rui Model, 58, proprietário da Mel Apis Gramado, ressalta, além do concurso, a importância do apoio que é dado à agroindústria familiar na feira.

“Estão dando todo o apoio, principalmente, aqui na Expointer. A gente pega estande sem pagar. Tem cartão para o almoço. Tem ônibus que leva e traz a gente para o hotel que é, praticamente, de luxo pra nós. Tem onde tomar banho e descansar, com café da manhã”, valoriza Model. O produtor rural trouxe à feira produtos de mel, mel com favos, pedaços de favos, sachês com mel e própolis e extrato de própolis.

Doce de leite é a novidade nas categorias deste concurso. Vinda do Sul do Estado, a Cooperativa Sul Leite, de Santa Vitória do Palmar, aposta em produção de alfajores e doce de leite, com características semelhantes aos vizinhos uruguaios.

“Expectativa é muito grande porque, pela primeira vez, na história da Expointer, vai acontecer concurso de doce leite aqui no pavilhão. Pela proximidade com Uruguai, pelas características de solo e clima, o nosso produto acaba sendo diferenciado. Estou confiante”, afirma a gerente comercial Dulce Bueno, 53 anos.

Outro produto diferente é o doce de leite de ovelhas, criado pela San Lúcio Laticínios, de Lajeado Grande, cidade do oeste catarinense, que trouxe também queijos e iogurtes para a feira.

“O apelo principal que têm esses produtos derivados da ovelha é que pessoas com intolerância à lactose podem consumir. Não tem as proteínas que causam a alergia. E tem todo um apelo nutricional, mais rico em cálcio e em magnésio”, ressalta Paulo Gregianin, 50 anos, produtor de ovinos e consultor do Sebrae de Santa Catarina.

Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar

A décima edição do Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar é uma promoção da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Emater/RS, UFRGS, Associação dos Produtores de Cana-de-Açúcar e Seus Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Aprodecana), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Uva e Vinho), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) e Banrisul. Integra a programação da 24ª Feira da Agricultura Familiar e 45ª Expointer.

Pavilhão da Agricultura Familiar

O pavilhão reúne 337 expositores de 166 municípios gaúchos. Além do Rio Grande do Sul, estão presentes agroindústrias de Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro presentes. O espaço segue aberto para visitação na Expointer até o próximo domingo (4/9), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

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