Duas propriedades rurais, da localidade Doutor Inácio, distante cerca de 12 quilômetros da área urbana de Mariana Pimentel já foram contempladas com a entrega de açudes visando auxiliar no sistema de irrigação e de abastecimento geral destas propriedades.
Elas fazem parte do Avançar - Irriga + RS, da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação. Este programa visa a construção de cisternas, microaçudes, poços, e, busca desenvolver a implantação, a ampliação e a adequação de sistemas de irrigação, além de fomentar o armazenamento de água.
O programa também promoverá a efetividade de práticas para conservação de água no solo e o uso racional dos recursos hídricos. O programa de irrigação tem como público-alvo principal pequenos agricultores, com projetos isentos de licenciamento ambiental por empregarem sistemas por aspersão ou localizado que utilizem açudes com até cinco hectares de área alagada.
Obras são um alívio às estiagensNestes dois locais, em Mariana Pimentel, os beneficiários são os agricultores, Gilberto Kereski, que cultiva batata doce, tabaco e outras culturas e Adelar Mileski, da mesma forma. Sob a elaboração e fiscalização da Emater/Ascar, execução da pasta da Secretaria Municipal da Agricultura (SMA), que também fiscaliza o processo, as construções irão, sobretudo, auxiliar a “mitigar os efeitos das estiagens regionais”, afirmou o secretário municipal da Agricultura, Moisés Segaspini.
As obras avançaram bastante neste último mês, quando, de um total de 12 unidades previstas, três delas já foram concluídas. Neste projeto, o segundo em execução pelo município, o investimento chega a R$ 150 mil, considerando a contrapartida da Prefeitura Municipal, de cerca de R$ 20 mil, estas revertidas em horas/máquina.
Cabe salientar, que, para o agricultor, não há custo algum, apenas é ajustado para que, nos primeiros seis meses da obra feita, o beneficiário controle o abastecimento do açude, também que plante algum tipo de planta forrageira ao redor, a fim de estabilizar às condições do talude da obra.
“Estes açudes servirão para atender a demanda dos produtores no aspecto da irrigação, resolvendo de forma pontual, situações de estiagem, desta forma minimizando seus impactos”, reforça a extensionista e responsável pelo escritório da Emater no município, Fernanda Corrêa.
Como acessar ao sistemaPara acessar a este programa, foi feita a seleção dos beneficiários, a partir de critérios como a ausência de açudes em suas propriedades, ou mesmo, eram insuficientes.
As obras, em média, têm uma dimensão técnica em torno de 20 x 40 metros quadrados, com cerca de 2,5 metros de profundidade, podendo variar conforme o caso, detalha a técnica da Emater, durante mais uma vistoria na propriedade do produtor Gilberto Kereski.
Para o agricultor, Adelar Mileski que já comemora a conclusão do seu açude, no começo deste mês de junho, obra que atenderá as necessidades da propriedade rural, “tudo foi muito bom, ‘melhor impossível’”, celebra.
Ele, que trabalha com as culturas do fumo, milho, pecuária, etc, vai fazer um bom uso desse sistema de irrigação, a partir de agora: “Vou abastecer meus animais; a propriedade de um modo geral, pois já vivemos momentos delicados quanto à estiagem”, analisa.
O município que, pela segunda vez, acessa ao Projeto Avançar - Irriga + RS, sendo a primeira participação em 2020, quando cerca de oito açudes foram construídos, precisou cumprir rigoroso processo legal, no que tange à aspectos fiscais e contábeis.
“Para acessarmos a este convênio com o Estado, tivemos de manter o Município, em dia, com as contas fiscais”, lembra o secretário Moisés Segaspini.
Síntese do convênio formalizado:“O termo do convênio Avançar na agricultura e no desenvolvimento Rural FPE n° 1127/2022, celebram o Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, a Associação Rio-Grandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater/RS e Mariana Pimentel objetivando executar demandas do Avançar na Agropecuária e no desenvolvimento rural.”
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