Saúde

Macaco bugio é encontrado morto em Chuvisca

Devido ao estado de decomposição do animal, não foi possível coletar material biológico para análise de infecção pelo vírus da febre amarela
Publicado: 17/11/2023 às 16:19 | Atualizada: 19/11/2023 às 23:03
Matheus Garcia

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Chuvisca reforçou, na tarde desta sexta-feira (17), os cuidados para evitar a circulação do vírus da febre amarela. Equipes da Vigilância em Saúde localizaram um macaco bugio morto na localidade de Capela Velha, próximo à antiga Escola Hilário. Devido ao estado de decomposição do animal, não foi possível coletar material biológico para análise de infecção pelo vírus causador da doença.

A pasta alertou a população sobre o ocorrido e pede para aqueles que ainda não tomaram a vacina contra a febre amarela procurem o imunizante na Sala de Vacinação disponível às segundas e quartas-feiras. Caso encontrem algum bugio morto, é recomendado que a comunidade entre em contato com a SMS pelo telefone (5)1 92000-6527.

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, não contagiosa, causada por um arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridade. Ela pode se apresentar de duas formas: febre amarela urbana e febre amarela silvestre. O bugio é um dos principais hospedeiros do vírus, assim como os seres humanos, mas não é transmissor da doença.

Atualmente, são conhecidos dois ciclos de transmissão da doença: um urbano, do tipo homem-mosquito-homem, no qual o Aedes aegypti é o principal vetor; e o outro silvestre, complexo, no qual diferentes espécies de mosquitos (Haemagogus spp. e Sabethes spp.) atuam como transmissores e primatas não humanos (PNH) participam como hospedeiros, amplificando o vírus durante a fase virêmica. Nos seres humanos, a febre amarela possui rápida evolução, com cerca de 10% dos casos, evoluindo para formas graves com icterícia (amarelão da pele), dor abdominal intensa, sangramentos em sistema digestivo (vômitos ou fezes com sangue), pele ou urina e falência renal.

Os primeiros sintomas da febre amarela são inespecíficos, como febre, calafrios, dor de cabeça, dor nas costas, dores musculares e mal-estar generalizados, náuseas e vômitos. Após esse período inicial, geralmente a temperatura baixa e os sintomas diminuem, provocando uma sensação de melhora no paciente.

Em poucas horas, e no máximo em dois dias, os sintomas reaparecem em uma parcela dos pacientes (30%), seguidos por diarreia e vômitos com aspecto de borra de café. O termo “amarela” se refere à icterícia (amarelão) apresentada por alguns pacientes nos olhos e na pele. É uma doença com possibilidade de piora importante em período de horas ou dias. Os sintomas duram, no máximo, 15 dias.

No dia 2 de agosto deste ano, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou um caso de um macaco bugio identificado o vírus da febre amarela, em Santo Antônio das Missões. O animal foi encontrado já morto, em área de mata, em junho, mas o resultado da análise foi divulgada apenas no começo do mês seguinte. 

Em janeiro, a presença do vírus causador da febre amarela já havia sido detectada em Caxias do Sul, na Serra. Contudo, o RS não registra casos confirmados de febre amarela em humanos desde 2009. 

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