Presente em muitas propriedades, a agricultura de subsistência, um modelo de produção que tem como objetivo primordial o sustento das famílias, tem vital importância na segurança e soberania alimentar dos pequenos produtores rurais. Em Sertão Santana, o Escritório Municipal da Emater desenvolveu um forte trabalho no fomento à produção de subsistência, com enfoque na diversificação e produção de alimentos e resgate das sementes crioulas, visando gerar sustentabilidade econômica e ambiental para as famílias do campo.
O extensionista rural Rafael Mattarredona Netto explica que para incentivar essa prática, foi realizado intercâmbio de sementes crioulas com o objetivo de ajudar a manter o cultivo de uma variedade de alimentos, como batata-doce, mandioca, milho, arroz, feijão, hortaliças e frutíferas em geral. Assim como prestado apoio na comercialização dos excedentes, que ocorre na Feira do Produtor Rural do município, organizada pela Emater.
“Essa produção tem como principais características o fato de ser desenvolvida em pequenas áreas, com menor uso de tecnologias e baixo custo, visando a melhoria na qualidade da alimentação e reduzindo o gasto com a compra de alimentos de fora da propriedade, aumentando, ainda que indiretamente, a renda das famílias”, explica Netto.
Esse método de produção, além de garantir a sobrevivência das famílias no campo, tem também como caraterística o uso de sementes tradicionais, que são mantidas por agricultores e multiplicadas ao longo dos anos, atravessando gerações. Além da agricultura, o extensionista cita ainda a pecuária de subsistência, que através de pequenas criações de frango, peixe, suínos e bovinos são produzidos desde a carne até o leite, ovos e outros derivados.
De acordo com Netto, a produção também pode ser distribuída através das compras institucionais, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA), gerando renda direta para as famílias produtoras.
“A Emater leva informações e orientações aos agricultores, apresentando técnicas adequadas de produção e divulgando políticas públicas voltadas à agricultura familiar, de maneira que possa oferecer uma melhor qualidade de vida às famílias atendidas”, finaliza Rafael.
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