Foram realizadas, na terça (27) e nessa quarta-feira (28), oficinas de implementação das Regiões Integradas de Segurança Pública (RISPs) no auditório da Procuradoria-Geral do Estado, em Porto Alegre. Participaram, nos dois dias, 160 policiais da Brigada Militar (BM) e da Polícia Civil (PC). O encontro desta quarta contou com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB).
O foco dos encontros foi integrar BM e PC, apresentando como deverá ser a atuação de ambas nas RISPs, a metodologia das reuniões futuras, a sistemática do Sistema GESeg e os alinhamentos para que comecem, em março, os encontros mensais em todas as regiões do Estado. Os dois dias de oficinas foram conduzidos pelo secretário-executivo do RS Seguro, Delegado Antônio Padilha.
As RISPs foram criadas a partir de um decreto assinado pelo governador em junho de 2023. O objetivo é promover maior integração entre as regionais da BM e da PC e intensificar a prevenção e o combate à criminalidade nas diversas regiões do Estado. O projeto faz parte das ações do Programa RS Seguro, atrelado ao Gabinete do Governador.
Leite lembrou que o dia marcou a celebração de cinco anos do RS Seguro, programa que mudou o cenário da Segurança Pública no Estado, e que a implantação das RISPs é um passo importante na estratégia do governo para a área.
"Cada instituição tem sua atribuição constitucional, mas o cidadão é um só, não existe um cidadão da Brigada Militar e um da Polícia Civil. Por isso, a compatibilização das áreas de atuação entre comandos e delegacias regionais será um avanço ainda maior na integração, premissa essencial para alcançarmos indicadores criminais ainda menores do que os atingidos nos últimos anos”, destacou Leite. “As Regiões Integradas de Segurança Pública também vão fortalecer a governança do RS Seguro para seguirmos aprimorando a proteção da sociedade”.
Foram instaladas 21 RISPs no Rio Grande do Sul com o objetivo de compatibilizar as ações das duas instituições, associando delegacias regionais e comandos de policiamento ostensivo que deverão atuar de forma cada vez mais articulada. A medida fortalecerá o compartilhamento de informações e o acompanhamento de indicadores, facilitando o trabalho de identificação e mapeamento de ocorrências em cada região.
“A instituição das Regiões Integradas é uma ferramenta estratégica para ampliar a eficiência no combate à criminalidade, objetivando a melhoria dos indicadores e resultados e reforçando a integração entre a Brigada Militar e a Polícia Civil”, salientou Padilha.
As RISPs também ajudarão a solucionar algumas questões que atrapalhavam a efetividade dos trabalhos. Um exemplo é a 24ª regional da PC, que era atendida por até três comandos distintos da BM (Planalto, Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari). Com o decreto, atua agora apenas com o Planalto.
Para o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, o alinhamento favorecerá o reforço das ações policiais. "Queremos, em especial, expandir o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas, além de desenvolver o monitoramento permanente de indicadores em todas regiões do Estado", disse.
Também estiveram presentes nas oficinas o secretário-adjunto de Segurança Pública, coronel Mário Ikeda; o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa; o procurador do Estado e diretor da Escola Superior de Advocacia de Estado, Almiro do Couto e Silva, Ernesto Toniolo; o comandante-geral da BM, Coronel Cláudio Feoli; o chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Sodré; o subcomandante-geral da BM, coronel Douglas da Rosa Soares; e o subchefe de Polícia Civil, delegado Heraldo Guerreiro.
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