As belezas naturais da nossa região encantam a todos, principalmente aos visitantes de fora do município. Dom Feliciano é rodeado por morros, cerros e arroios, que fazem da paisagem uma verdadeira pintura. Nem todos os locais com potenciais turísticos são abertos à comunidade.
Há mais de um século a família Uszacki vive em propriedade de 50 hectares às margens do arroio Luciana, na localidade de Costa do Sutil, no interior de Dom Feliciano. Desde a chegada do avô Ignácio Uszacki, vindo da Polônia em meados de 1880, o local é cuidado e preservado pela família dos irmãos João e José Uszacki. Além do avô, o pai Lígio Uszacki ensinou aos filhos a importância de se preservar a natureza. Os ensinamentos atravessam gerações.
Localizada há cerca de 400 metros da RS 350, dois quilômetros antes da ponte do Arroio Sutil, para quem segue em direção a Dom Feliciano, a propriedade é cercada por mata nativa. Segundo João, as quedas d’águas se estendem ao de cerca de três quilômetros. O local é aberto à visitação do público, que marca presença até mesmo durante a semana. A água limpa e de temperatura agradável, é convidativa para um banho refrescante no verão rigoroso que vivemos.
A consciência da importância de preservar o local é bem clara para os visitantes. As regras do bom convívio são simples, mas quem as descumprirem pode perder o direito de usufruir deste pequeno pedaço do paraíso. Entre as regras estão o recolhimento e retirada de todo o lixo gerado, além de leva-lo embora. É proibido som alto que atrapalhe, bagunça e tudo que possa causar desconforto aos outros visitantes do local. Também não é permitido quebrar galhos ou utilizar lenha para fazer fogo nas churrasqueiras que existem no local. “Nós construímos churrasqueiras para os visitantes, e tentamos sempre deixar o local bem agradável para quem o visita”, destaca João.
O capricho dos Uszacki é facilmente notado pelos visitantes. Além de o local estar bem limpo, organizado, e com suas espécies nativas conservadas, flores e outras árvores foram plantadas no local, a fim de torna-lo ainda mais bonito e agradável.
“O acesso aqui é livre, podem usar, ficarem à vontade. A gente só não quer que tirem nada daqui. Só acrescentem coisas boas”, afirma João. Segundo expectativa da família, cerca de 2000 pessoas passam pelo local durante os meses mais quentes do ano.