Quando abro a porta
Percebo um vulto que pula a janela.
Ele cai e foge pela horta.
Sem fazer barulho acendo uma vela.
Caminho silenciosamente pela casa
E noto que há alguém na janela do quarto
Algo estranho como uma ave sem asa.
E na mesa um bilhete de alguém que teve um infarto.
Começo a ouvir gritos que vem de longe
Gritos lentos, mas assustadores
Logo após os gritos param, e vêm os rumores.
A luz do prédio volta, corro até a janela
E percebo que o bicho era um gato
O bilhete era de um livro que conta uma novela.
E os gritos eram do filme que foi esquecido de fato.
Os rumores vinham do prédio
Mas era o gato que arranhava a vidraça,
Para pegar o rato que estava tédio
Fugindo pela outra janela em rumo à praça.
- Douglas Ebel Klug -