O jeito que você se veste revela a sua personalidade. Para uma primeira entrevista de trabalho, por exemplo, é indispensável um look mais discreto. Não se trata de ter estilo ou andar na moda, mas sim de se vestir adequadamente, de acordo com o local e a ocasião, além da idade e tipo físico.
Querendo ou não, fazemos parte de uma sociedade eminentemente visual, de bom gosto. Quando chegamos a qualquer lugar, antes de termos chance de falar ou até mesmo de sorrir, somos avaliados pela nossa indumentária. E, algumas vezes, o nosso prestígio depende da “marca pessoal” que deixamos em determinado local. A vulgaridade e o mal vestir deixam resquícios não muito bons, podendo provocar desastres irremediáveis à reputação e à imagem.
Há pessoas que buscam emprego, mas não se preocupam em saber sobre a empresa e acabam se produzindo com roupas extravagantes e com muita maquiagem, correndo o perigo de nem serem entrevistadas. Um completo desastre! Por outro lado, há também aquelas que comparecem à entrevista do jeito que estão, ou seja, algumas vezes mal vestidas, com a cara lavada e descabeladas, fazendo com que esta apresentação displicente corte as chances de conseguir algum trabalho. A minha dica é tentar descobrir o perfil da empresa antes de se apresentar. Na dúvida, procure por uma especialista que pode dar uma ajuda muito grande, deixando o candidato mais seguro.
Há colégios que não mais aceitam alunas adolescentes se vestirem com ultra minissaias e nem shortinhos. O colégio é o primeiro ambiente acadêmico que deve ser respeitado, independente de liberalismo, pois auxilia na formação dos jovens.
A questão é que certas ocasiões necessitam de mais formalidade na vestimenta do que outras. A roupa deve ser um indício de quanto um indivíduo respeita o outro. Podemos, então, concluir que a roupa também possui sua linguagem através do modo como uma pessoa se veste.
Aliás, os estilos de roupas revelam os traços de individualidade, por isso o traje é conhecido como o retrato da personalidade. A primeira vista, é possível perceber se a pessoa é desleixada, metódica, descolada, sexualizada ou fechada. Cada um desses códigos informa sobre algo da maneira de se relacionar com os demais. Consciente ou inconscientemente, a alma se projeta em cada peça escolhida para se vestir, diferenciando-a do restante do mundo.
Milka Wolff
Milka Wolff é estilista e curadora do Museu da Moda de Canela (RS)
