Esportes

Boca e River iniciam maior final da história da Libertadores na Bombonera

Confronto começa neste sábado (10), às 18h (horário de Brasília)

Compartilhe:
10/11/2018 - 10h57min Correio do Povo / Fotos de Alejandro Pagni e Itamar Aguiar / AFP Corrigir

Boca Juniors e River Plate iniciam neste sábado (10), às 18h (de Brasília), na Bombonera a chamada “Superfinal” da Libertadores da América. Os dois maiores clubes argentinos vão decidir pela primeira vez o torneio em uma decisão tida por muitos como a mais importante da história do futebol em competições de clubes. 

A rivalidade entre Boca e River teve início no bairro. Algo até pouco conhecido no Brasil é que a origem do River é La Boca, local de Buenos Aires hoje mundialmente conhecido por ser a casa xeneize. A disputa entre os dois clubes, ambos fundados por imigrantes italianos, iniciou na briga pelo protagonismo no bairro. 

Na década de 20, o River Plate se mudou para o norte de Buenos Aires, região mais rica da cidade, o que acirrou ainda mais a rivalidade. O River foi visto como o clube que havia traído suas origens e passou a representar a elite enquanto o Boca era a equipe dos mais pobres. Dentro do campo, os dois passaram a disputar grandes títulos. A rivalidade então cresceu com a briga por taças e também pelo posto de maior torcida no país. 

Mais de 110 anos depois de suas fundações, Boca e River possuem mais de 70% dos torcedores argentinos. Os dois são também os maiores vencedores do Campeonato Argentino – 36 títulos do River e 33 do Boca. No âmbito internacional, a vantagem é xeneize. O Boca possui ao todo 18 títulos internacionais, entre eles seis Libertadores, três Mundiais de Clubes, duas Sul-Americanas e quatro Recopas. O River tem 10 conquistas internacionais que incluem três Libertadores, um Mundial de Clubes, uma Sul-Americana e uma Recopa. 

Por conta dos frequentes títulos, Boca e River se cruzaram várias vezes em Libertadores. Ao todo, são 24 jogos entre os dois clubes com 10 vitórias xeneizes, sete millonarias e sete empates. Três enfrentamentos foram em fases de mata-mata – um em oitavas de final, um em quartas e outro em semifinal. Quis o destino que 2018 fosse o ano para o primeiro Superclássico em final, na Superfinal. 

Cofres abertos até a final

Boca Juniors e River Plate apostaram alto nas formações de seus elencos para a Libertadores. Em janeiro, apenas para contratar Lucas Pratto junto ao São Paulo, o River desembolsou cerca de US$ 15 milhões, a contratação mais cara da história do clube. Ao todo, o investimento passou de US$ 20 milhões com as chegadas ainda de Franco Armani e Juan Quintero. Eles se juntaram a um belo plantel que já contava com nomes como Enzo Pérez, Nacho Fernández, Nacho Scocco e Pity Martínez. A confiança no elenco foi tão grande que Gallardo abriu mão de contratações na janela do meio do ano, ainda que tenha perdido o lateral Saracchi, vendido ao Leipzig, da Alemanha. 

Pratto foi a contratação mais cara da história do River – Foto: River Plate / Divulgação 

Se o River Plate investiu pesado em janeiro, o Boca abriu os cofres no Superliga Argentina e contar no elenco com grandes nomes como Carlos Tevez, Fernando Gago, Pavón e Cardona, entre outros, a direção xeneize investiu US$ 18 milhões durante a parada da Libertadores para a Copa do Mundo. O valor foi o maior gasto pelo Boca em uma única janela de transferências. Chegaram ao clube os atacantes Mauro Zárate e Villa, o goleiro Andrada, o zagueiro Izquierdoz e o lateral Olaza. 

Os reforços deram a Schelotto um maior leque de opções para montar o time após o Boca mostrar algumas fragilidades, principalmente defensivas, na fase de grupos da Libertadores, quando o clube correu sério risco de eliminação chegando na última rodada dependendo de ajuda do Palmeiras. As mudanças no elenco, no entanto, cobraram o preço de uma demora para encaixar a equipe. Mesmo finalista, o Boca não tem um 11 definido pelo treinador, que foi montado o time jogo a jogo nas fases eliminatórias do torneio. 

Campanhas

Após a campanha irregular na fase de grupos, o Boca Juniors conseguiu chegar à final passando invicto pelos mata-matas mesmo tendo enfrentado times do porte do campeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro, e do atual líder do Brasileirão, o Palmeiras. O Xeneize venceu seis jogos nesta Libertadores, empatou cinco e perdeu um. O Boca soma 21 gols a favor e 9 contra. 

O River Plate foi o único argentino que conseguiu ser primeiro colocado em sua chave nesta Libertadores. A equipe terminou invicto no Grupo D, com 12 pontos, dois a mais que o Flamengo. Os comandados de Marcelo Gallardo mantiveram a invencibilidade até o primeiro jogo da semifinal, quando foram derrotados pelo Grêmio, por 1 a 0, em pleno Monumental de Núnez. Assim como o Boca, o River soma seis vitórias, cinco empates e uma derrota nesta Libertadores. O time marcou 14 gols e sofreu cinco.

Escalações

Schelotto e Gallardo não confirmaram as escalações para o primeiro jogo da final da Libertadores. Ambos têm problemas em relação a seus capitães. No Boca Juniors, Pablo Pérez não participou de alguns treinos na semana e é dúvida. No River Plate, Ponzio é ausência certa. O volante sofreu uma lesão muscular na partida de volta da semifinal contra o Grêmio e não tem condições de jogar na Bombonera. 

Além da presença de Pablo Pérez, que deverá ser substituído por Fernando Gago se não puder iniciar a partida, a escalação do Boca ainda tem uma dúvida no ataque. Benedetto, o grande herói da semifinal contra o Palmeiras, pode ser a novidade na equipe titular. Ele briga por um posto no comando do ataque com Ramón Ábila, que leva vantagem pela questão física. O restante da equipe está definida com a mesma defesa e o trio de meio-campo dos confrontos com o time paulista. 

Benedetto foi decisivo na semifinal e pode ser titular contra o River – Foto: Alejandro Pagni / AFP 

No River, Marcelo Gallardo já definiu que Enzo Pérez será o substituto de Ponzio. No único treinamento da semana com formação de time, o treinador repetiu o esquema 4-2-3-1 que teve sucesso contra o Boca na Superliga Argentina, em setembro. O técnico voltou a escalar Lucas Pratto aberto e a tendência é de que confirme a equipe para este sábado. 

Pendurados

O Boca entra para o primeiro jogo da final com três jogadores pendurados com dois cartões amarelos. São eles o lateral-esquerdo Olaza, o volante Nandez e o atacante Pavón. O número é maior no River, que tem seis pendurados: Maidana, Pinola, Enzo Pérez, Pity Martínez, Lucas Pratto e Borré. 

Final da Libertadores terá bola personalizada – Foto: Boca / Divulgação 

Ficha técnica

Boca Juniors

Rossi; Jara, Izquierdoz, Magallán, Olaza; Barrios, Nandez, Pablo Pérez; Villa, Ábila (Benedetto), Pavón. Técnico: Guillermo Barros Schelotto.

River Plate

Armani; Montiel, Maidana, Pinola, Casco; Nacho Fernández, Enzo Pérez; Pratto, Palacios, Pity Martínez; Borré. Técnico: Marcelo Gallardo. 

Árbitro: Roberto Tobar (CHI)

Auxiliares: Christian Schiemann (CHI) e Claudio Ríos (CHI)

VAR: Julio Bascuñán (CHI) 

Local: Estádio La Bombonera, em Buenos Aires (ARG)

Horário: 18h (de Brasília)

MAIS NOTÍCIAS

COMERCIAL BLOG DO JUARES
CÂMERAS
SUPER SÃO JOSÉ
AABB
FUNERÁRIA BOM PASTOR
TBK INTERNET
COMERCIAL EM INGLÊS BLOG DO JUARES
AFUBRA MAIO 2024
FUNERÁRIA CAMAQUENSE
Mais Lidas
COMERCIAL BLOG DO JUARESCÂMERASSUPER SÃO JOSÉAABBFUNERÁRIA BOM PASTORTBK INTERNETCOMERCIAL EM INGLÊS BLOG DO JUARESAFUBRA MAIO 2024FUNERÁRIA CAMAQUENSE