Em Porto Alegre para participar da assinatura do contrato de concessão da chamada Rodovia de Integração Sul (RIS), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que há uma possibilidade "muito grande" do cronograma de obras previstas ser antecipado, gerando um "bônus" à concessionária. A RIS inclui as BRs 101, 290 (somente no trecho da freeway, da Capital a Osório), 386 (entre Canoas a Carazinho) e 448 (Rodovia do Parque) e será administrada pelo Grupo CCR.
— O contrato traz um série de incentivos e um deles é um adicional, um bônus, em caso de antecipação de investimento (...) Se (a concessionária) conseguir antecipar o investimento, ela consegue receber esse adicional — explicou o ministro, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, nesta sexta-feira (11).
Segundo ele, tanto a antecipação quanto a postergação de investimentos "terão reflexo na tarifa". O Grupo CCR venceu o leilão de concessão, em dezembro, propondo cobrança de R$ 4,30 em cada praça.
— Se houver postergação, há um desconto na tarifa. Se houver antecipação, há um acréscimo na tarifa, em função do efeito financeiro do deslocamento do investimento que estava previsto no fluxo de caixa — disse.
O Grupo CCR, maior empresa brasileira de concessões de infraestrutura de transportes, assumirá a administração de 473,5 quilômetros de rodovias federais no Estado pelos próximos 30 anos – prorrogáveis por mais 10 anos. A nova concessionária terá de promover melhorias na infraestrutura nas quatro rodovias.