A Polícia Civil realizou uma operação, no domingo (17), para prender suspeitos que teriam torturado e queimado um homem, em janeiro deste ano, em Porto Alegre. Até a manhã desta segunda-feira (18), nove pessoas tinham sido presas. Outras 11, seguem foragidas.
O objetivo da operação, que recebeu o nome de Matriarcado, foi localizar e prender 21 pessoas que estariam envolvidas na morte de Josiano Jonatas de Mello. Câmeras de segurança registraram o assassinato. O homem foi espancado, torturado, jogado em um terreno baldio e queimado.
Segundo a polícia, após Josiano ter sido acusado pela companheira de ter abusado da filha deles, ele foi submetido a uma espécie de "tribunal do tráfico". O suposto estupro teria acontecido por volta das 17h30. As câmeras começam a captar a movimentação criminosa a partir das 19h13.
Com pedaços de paus, os suspeitos realizaram uma série de golpes contra Josiano, no meio da rua. O homem foi levado para o mato, onde uma fogueira foi feita.
Ao todo, foram cumpridos 21 mandados de prisão. Um dos suspeitos foi morto dias atrás. A polícia cumpriu também 35 mandados de busca e apreensão na Vila Bom Jesus, Zona Leste da capital gaúcha.
Conforme a polícia, quem teria ordenado a morte de Josiano foi a chefe do tráfico da vila, Elisandra Borges Pizini Chulz, conhecida como "madrinha". Ela foi um dos principais alvos da operação, mas não foi encontrada.
A ação começou na manhã de domingo e se estendeu ao longo dia. Cerca de 200 policiais, distribuídos em 60 viaturas, participaram das atividades.