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Queda no número de homicídios no RS é a maior da década

O mês de fevereiro teve redução de 31,7% nos assassinatos no Estado. Foram 140 vítimas — 65 a menos que em igual período do ano passado

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20/03/2019 - 08h47min GaúchaZH Corrigir

Considerado um dos principais indicadores para avaliar a segurança, o número de homicídios arrefeceu em fevereiro no Rio Grande do Sul. A redução de 31,7% nos assassinatos, em relação a fevereiro do ano passado — de 205 para 140 ocorrências —, é a maior da década. Em Porto Alegre, a queda foi ainda mais significativa. Com 23 registros, diminuiu 61,6%. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado. 

Em janeiro, a Capital teve 46 assassinatos, ou seja, o dobro do registrado em fevereiro. De maneira geral, o RS apresentou queda nos crimes contra a vida nesses dois meses — tendência que já vinha sendo verificada. O ano de 2018, com 2.326 mil homicídios, encerrou com 633 a menos do que em 2017. Em Porto Alegre, 2018 teve 137 assassinatos a menos do que no ano anterior. 

— Por questão ética, é preciso ressaltar que não é uma coisa que tenha se iniciado no nosso governo. Já vinha existindo essa redução. Estamos conseguindo aumentar a diminuição. Mas temos de melhorar ainda mais — avaliou o vice-governador e secretário da Segurança Pública do RS, Ranolfo Vieira Júnior.

Os roubos com morte (latrocínios) tiveram pequena queda. Foram quatro casos no Estado em fevereiro de 2019. No ano passado, houve cinco vítimas desse tipo de crime no mesmo mês. Na Capital, nenhum roubo com morte foi registrado em fevereiro. Em março, já houve um caso.  O advogado Fernando Nunes Machado, 42 anos, foi morto a tiros por criminosos durante tentativa de roubo de veículo no bairro Rubem Berta. 

O vice-governador e secretário da Segurança atribui a redução dos índices ao trabalho desenvolvido pelas polícias.

Outro dado importante, que queremos qualificar é a descapitalização das organizações criminosas. Há uma rotatividade muito grande no crime. Descapitalizando, começamos a desarticular a organização como um todo — afirma o responsável pela pasta.

Os indicadores de violência contra a mulher também apresentaram queda nos dois primeiros meses do ano, segundo os dados da SSP. Os casos de feminicídio – quando a morte é motivada por questões de gênero – tiveram redução de 50%, passando de 10 no primeiro bimestre do ano passado para cinco vítimas em 2019. Em fevereiro, a diminuição foi de 66,6%: foram três casos em 2018 e um no último mês.

Diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital, a delegada Vanessa Pitrez acredita que a redução é reflexo do foco na inteligência policial e na investigação de combate às facções em todas as escalas. 

A delegada citou como exemplo operação do último fim de semana. Na ofensiva, foram presos criminosos responsáveis por queimar vivo um homem, suspeito de estuprar a filha de 12 anos no bairro Bom Jesus, na zona leste de Porto Alegre. 

— Cerca de 90% dos casos estão relacionados ao tráfico. Tem relação com as organizações criminosas. Existe uma cadeia de mando desses homicídios. Atacamos desde o líder, que está no presídio e continua comandando, como os outros elos, até chegar em quem executou. Acreditamos que atacando toda a cadeia conseguimos reduzir os números de homicídios — afirmou. 

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