O sentimento de realização define os alunos e professoras da escola Alfredo Jacobsen de Camaquã, que participaram da I Mostra de Iniciação Científica – Boas Práticas Ambientais por terem sido contemplados com o primeiro lugar com o projeto Horta Escolar, nesta terça-feira (27). “É muita emoção. Foi muito importante apresentar o trabalho diante da banca, e assistir às outras apresentações que foram muito boas. Estamos muito felizes”, destaca a aluna do 9º ano, Rafaela Centeno, 14. Ela comenta que gosta muito de ficar no turno inverso na escola e pesquisar ou participar das atividades propostas.
De acordo com a professora Cleni Ribeiro, o projeto vem sendo realizado pelos alunos da escola há mais de cinco anos, sempre sendo aprimorado a cada ano. “Todo produto da horta é utilizado no almoço dos alunos, os estudantes que trazem as mudas de casa, as ações são realizadas em sala de aula e nas oficinas, e nesse projeto propomos a captação da água da chuva do telhado do ginásio da escola para a irrigação da horta, do jardim e banheiros da escola”, explica.
Para a professora Daniela Jacobsen, que também acompanha o grupo, o principal é fazer do aluno, através da pesquisa, um ser atuante. “Todos os temas trabalhados são escolhidos pelos alunos, e a gente aprende muito com eles”, afirma.
O evento realizado no auditório Maria Justo Sostruznik, da SEMTDS, teve por objetivo identificar as melhores iniciativas em Boas Práticas Ambientais nos municípios integrantes do Projeto Conservação e Restauração de Florestas no Bioma da Mata Atlântica, fruto da parceria entre o WWF-Brasil e TANAC/TANAGRO, que acontece desde 2016.
Podiam inscrever seus trabalhos alunos do Ensino Fundamental do 5º ao 9º em escolas municipais rurais das cidades de Amaral Ferrador, Camaquã, Canguçu, Cristal e Encruzilhada do Sul. Os trabalhos podiam se enquadrar simultaneamente em um ou mais eixos: Boas práticas agrícolas, Conservação de áreas protegidas, Resíduos sólidos/orgânicos, Ações de Educação Ambiental.
Os organizadores parabenizaram aos grupos pelos excelentes trabalhos apresentados. “Não tem preço o que estes estudantes levam para a vida. Fomentar a parte prática ajudará que estes alunos projetem o futuro”, salientou o biólogo do Departamento de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Rafael Sofia.
Diogo Versari, da WWF, agradeceu a participação de todos e a parceria do Comitê de Gerenciamento de Bacia do Rio Camaquã.
Os professores e alunos realizaram as apresentações dos trabalhos, e em seguida, os projetos foram submetidos à avaliação da banca avaliadora. Os vencedores receberam como premiação medalhas e certificados de participação, além da aquisição dos materiais para o desenvolvimento dos projetos.
O valor total destinado a premiação de todos os projetos foi de R$ 15 mil, sendo o valor máximo apoiado para cada projeto é de R$ 5 mil. Ficou acertado que todas as escolas que participaram serão contempladas com a aquisição de material para seus projetos, como incentivo à pesquisa escolar.
Projetos participantes:
1º lugar - Projeto Horta Escolar – Escola Alfredo Jacobsen - Camaquã
Alunos: Rafaela Centeno, Maria Eduarda Faistier, Jonas Jacobsen, Maria Luiza Dettmann
Professoras: Cleni Ribeiro e Daniela Jacobsen
2º lugar – Projeto Boas Práticas Agrícolas – Escola Otto Becker – Cristal
Alunos: Cassiane Oliveira, Aiko Krüger, Érika Tomaszewski, Jociel Flores
Professoras: Taíse Ávila e Anelize Gama
3º lugar – Projeto Estudo de uma alternativa para a redução do consumo da água – Escola Chequer Buchaim
Alunos: Michel Schumacher e Eric Pereira
Professora: Silvia Fonseca
4º lugar – Projeto Paisagismo na Escola – Escola Otto Laufer
Aluno: Iara Neugebauer e Rizieri Abél
Professora: Eliane Braatz Fiss
Demais escolas participantes
Projeto Pomar e Horta na Escola – Escola Mário Centeno Crespo
Projeto Horta Orgânica na escola – Escola Santo Antônio
Projeto Saneamento Básico na Escola - Escola Rui Barbosa
