Saúde

Medicamentos com distribuição gratuita estão em falta em farmácias do RS

Nesta quarta-feira (8), pessoas com câncer, diabetes e outras doenças voltaram para casa sem os remédios em Porto Alegre. Governo federal diz que até o fim do mês, a situação estará perto de ser normalizada

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09/05/2019 - 09h57min G1 RS Corrigir

Medicamentos especiais com distribuição gratuita para pacientes nas farmácias do estado estão em falta no Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira (8), pessoas com câncer, diabetes e outras doenças voltaram para casa sem os remédios em Porto Alegre.

No Rio Grande do Sul, cerca de 300 mil pessoas dependem do fornecimento dos medicamentos. Entre eles está a professora aposentada Sirlei Kipper, de 70 anos, que esteve na farmácia do estado para tentar adquirir um remédio para o câncer que sofre.

"Não consegui. Estou desde fevereiro tentando a medicação", lamenta a idosa.

"É uma quimioterapia. Claro que fico [preocupada], porque eu estou cada vez piorando", desabafa.
Na fila que se forma todos os dias do lado de fora da farmácia, outras pessoas também voltaram pra casa frustradas. A estudante Daiani Darde diz não ter encontrado remédios para depressão, e nem os que levaria para uma amiga que tem problema no fígado.

"Uma caixinha do dela, da Letícia, é R$ 300 e poucos. Ela toma oito caixas por mês. Eu venho buscar. Então esse mês ela não vai ter", afirma.

O presidente da Associação dos Transplantados de Fígado do RS (Astraf) diz que a situação é grave. "Atualmente está faltando o Everolimo, que também é um imunossupressor, o mais indicado para aquelas pessoas que fazem transplante de fígado por hepatocarcinoma, ou seja, pelo câncer de fígado", afirmou.

"A falta dessa medicação pode levar à rejeição, ou seja, perder o órgão transplantado, e até mesmo ir a óbito", alerta.
A Secretaria de Saúde do estado informou que os medicamentos que estão em falta são fornecidos pelo Ministério da Saúde. O governo federal diz que a distribuição está sendo retomada, e que até o fim deste mês a situação estará perto de ser normalizada.

"As compras que nós começamos a fazer em janeiro, só agora que estão sendo concluídas as licitações", afirma o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis.

"Até o final de maio, todos os medicamentos, ou pelo menos 90% dos medicamentos que estavam com problemas de desabastecimento, estarão regularizados", acrescenta.

Enquanto isso, o servente de obras Wilson Borges segue sem a insulina que precisa para controlar o diabetes. "Já amputei três dedos do pé esquerdo e um do direito", conta o operário, mostrando a caixa de transporte do remédio.

"A caixinha é o recipiente para pegar insulina. Hoje não tem, vou sair com ela vazia", lamenta.

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