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Objetos da cápsula do tempo de Pelotas passam por restauro

Caixa, que ficou enterrada por 88 anos, continha jornais, almanaque e moedas com a face da Miss Universo Yolanda Pereira

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24/05/2019 - 16h57min Corrigir

Começou nesta semana o trabalho de restauro dos itens encontrados na cápsula do tempo, caixa em homenagem à ex-Miss Universo Yolanda Pereira achada sob o monumento dela na praça Coronel Pedro Osório, em Pelotas, em 8 de maio. A água de dentro do objeto, que estava enterrado havia 88 anos, foi retirada com seringa no Laboratório do Curso de Conservação da Universidade Federal de Pelotas. “Os materiais também foram retirados e estamos separando, pois foram muito aderidos à água”, relata Andréa Bachettini, professora da UFPel e coordenadora do projeto de restauro dos itens da caixa de ferro. 

O trabalho é um projeto de extensão da universidade e da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. Dez pessoas atuam durante as manhãs nas atividades. Andrea conta que alguns itens devem ser congelados, pois, em função da umidade característica de Pelotas, podem ser tomados por fungos. “Estamos trabalhando com água pura, que vai tirando as impurezas dos jornais antigos. Não temos mão de obra nem bacias suficientes, então alguns itens teremos que congelar para trabalhar aos poucos”, explica. Ela projeta no mínimo três meses de atividades. “Temos que identificar, secar, planificar. O clichê de moedas com o rosto da miss está na planificação”, exemplifica. Somente na caixa há vestígios de metal, por isso a professora confirma que é feita a secagem do item em um contêiner com cilicagel para estabilizar a oxidação. 

Além de moedas e jornais, havia fotos, grafias, cartões postais e o Almanaque dos 100 anos de Pelotas, que deverá ficar congelado até que os outros papéis sejam tratados. “Vemos inscrições, marcas d'água, a ata do Clube Caixeiral quando Yolanda foi homenageada. Quando chegar a vez do almanaque, devemos separar a brochura por páginas para o tratamento.” A ideia é que, assim que o trabalho for encerrado, os itens sejam transferidos para o Museu da Baronesa. “Pretendemos fazer uma exposição com todo o processo realizado e um e-book contando a história da Yolanda, o esquecimento da cápsula no início dos anos 80 e o trabalho de restauro. Será uma nova homenagem a toda história da primeira pelotense que foi Miss Universo”, destaca Andréa.

A caixa havia sido enterrada em 1931, um ano após o título de Yolanda. A praça passa por obra de revitalização e foi então decidido averiguar a possibilidade levantada pelo pesquisador Guilherme Pinto de Almeida, que descobriu que o recipiente não havia sido desenterrado em 1981, como estava programado. Após ser retirada do local, a caixa foi aberta em ato na prefeitura, no último dia 14, pela prefeita Paula Mascarenhas e pelos restauradores Marcelo Madail e Fabiane Moraes, que trabalharam para que a caixa fosse desvendada.

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